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quinta-feira, 24 de maio de 2018

Washington, DC: Mergulho ao fundo do pântano-mãe de todos os pântanos


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Há um ano, Trump jurou fidelidade com as mãos postas sobre o Globo Wahhabista, a lâmpada que governa todos eles:
"O juramento prestado à estrela wahhabita da morte foi parte da cerimônia de inauguração do potemkinesco "Centro Global para Combate contra a Ideologia Extremista" [ing.Global Center for Combating Extremist Ideology" em Riad.

...
Os saudistas montaram todo o teatro para induzir Trump, pela vaidade, a lutar em nome deles, contra o Irã. Esperam ter comprado a obediência de Washington."

 Campanha contra seus rivais locais, Qatar e Iran. Trump apoiou fortemente a campanha saudita anti-Qatar, até que o Pentágono informou Trump que o Qatar hospeda a maior base aérea dos EUA em todo o Oriente Médio, que não pode ser mudada de lá de repente, de um momento para outro.


Agora, interessante matéria da Associated PressAP, oferece contexto mais completo para a reverência que Trump manifesta em relação a Riad. É o resultado de muitas propinas e incontáveis negócios nebulosos. Ainda não se sabe exatamente se, ou melhor dizendo, como Trump ou sua família beneficiaram-se daqueles negócios.



"Depois de um ano consumido em atentamente cultivar relações com dois príncipes da Península Árabe, Elliott Broidy, dos principais coletores de contribuições para a campanha do presidente Donald Trump, achou que afinal estivesse próximo de pôr as mãos em mais de $1 bilhão em negócios.
Aproximara-se pessoalmente dos príncipes coroados da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes, interessados em mudar a política exterior dos EUA e castigar o Qatar, arquirrival no Golfo, que ele chamava de "a cobra".
...
Broidy e seu sócio comercial, o libanês-norte-americano George Nader, apresentaram-se aos príncipes como canal secreto diretamente até a Casa Branca; que levariam os elogios – e a mensagem – dos príncipes diretamente até os ouvidos do presidente.
...
Em troca por promover políticas anti-Qatar junto aos mais altos níveis do governo dos EUA, Broidy e Nader esperavam obter gordos contratos de consultoria da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, segundo investigação levada a cabo pela Associated Press, que entrevistou mais de duas dúzias de pessoas e analisou centenas de páginas de e-mails vazados, trocados entre Broidy e Nader. Os e-mails que AP examinou incluem resumo de trabalho e documentos e propostas de contratos."


Desde que os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita abriram guerra contra o Qatar eles tentam obter o apoio dos EUA para suas posições. A campanha anti-Qatar está relacionada à campanha anti-Irã, e ambas contam com empenhado apoio dos israelenses. Em reação aos esforços sauditas, o Qatar contratou uma empresa para hackear os e-mails do embaixador dos Emirados Árabes Unidos em Washington DC e de outras pessoas envolvidas no esforço de lobbying saudita. Os dois lados gastaram quantias descomunais para subornos e propinas, disfarçadas como doações às campanhas norte-americanas, ao Congresso e à Casa Branca, para influenciar o comportamento e a legislação dos EUA:


"Sumários redigidos por Broidy, de dois encontros que teve com Trump — um dos quais jamais noticiado até hoje – dão conta de que ele passou ao presidente vários 'recados' dos dois príncipes e contou a Trump que estava prospectando negócios com ambos.

Em dezembro do ano passado, os parceiros surfavam uma onda de sucesso em sua campanha para criar ruidoso movimento anti-Qatar em Washington.

A Arábia Saudita obtivera nova e importante capacidade para influenciar depois da eleição de Trump. Broidy tentou ganhar os créditos por tudo isso – os e-mails mostram –, e contava com receber o primeiro pagamento de $36 milhões por um contrato com os Emirados Árabes Unidos, para coleta de inteligência.

Tudo teria dado tranquilamente certo, não fosse um detalhe: a nomeação de Robert Mueller como conselheiro especial para investigar as acusações de que os russos teriam 'interferido' nas eleições de 2016."


Jamais houve "interferência russa" nas eleições norte-americanas. Mueller investigou. E tudo que Mueller encontrou depois de um ano de investigações, foram infrações menores cometidas por auxiliares de Trump e uma empresa russa de Internet, que tentara vender anúncios em seuswebsites caça-cliques.

A verdadeira colusão aconteceu entre a família Trump e Israel, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Somas monstro de interesses sionistas e das ditaduras do petróleo fluíram para fundos de campanha e para os bolsos que fariam diferença. Um dos principais interesses assim promovidos era fomentar a guerra contra o Irã. Os que tinham acesso e influência sobre Trump, como Broidy e Nader, foram regiamente recompensados.

O pântano/atoleiro que Trump disse que drenaria, engoliu-o inteiro.

Os protagonistas na matéria publicada pela AP incluem Erik Prince, fornecedor privado do complexo militar, fundador da afamada empresa Blackwater. George Nader, pedófilo condenado, conhecia Prince há anos. Foi quem negociou indenizações a famílias de iraquianos assassinados pelos mercenários a serviço da Blackwater. Em 2012, George Nader  ajudou a montar negócio de $4,3 bilhões em armas entre Rússia e Iraque. Erik Prince continua no mesmo negócio mercenário, vendendo seus exércitos privados aos Emirados Árabes Unidos e a quem mais se interesse por pagar o preço certo.

Broidy esteve envolvido no assalto ao fundo de desenvolvimento 1MDB que envolveu o ex-primeiro-ministro da Malásia. Cerca de $4,5 bilhões teriam sumido. Enquanto Broidy promovia os planos sauditas junto a Trump, também conseguiu um gordo contrato com o Pentágono.

A questão que a longa matéria da AP deixa sem resposta é como Trump e sua família beneficiaram-se da prodigalidade saudita. Um dos benefícios veio provavelmente através do genro de Trump, Jared Kushner, que precisa de muito dinheiro para manter vivos os seus investimentos na construção de um arranha-céu em New York. No início de 2017, Kushner reuniu-se com George Nader em New York. Em conversas privadas, Nader referiu-se a Kushner como 'príncipe palhaço' [trocadilho intraduzível entre "crown prince" (príncipe coroado, 1º na sucessão do rei) e "clown prince" (príncipe-palhaço)]:


Broidy reuniu-se com Trump novamente dia 2 de dezembro. Informou a Nader, na volta, que dissera a Trump que os príncipes coroados estavam "muito bem impressionados por sua [de Trump] liderança". Ofereceu a ajuda dos príncipes coroados para o plano de paz que estava sendo desenvolvido por Jared Kushner. Não disse a Trump que seu sócio manifestava o mais total desprezo pelo plano – e pelo genro do presidente.

"Você precisa ouvir, meu Irmão, o que os importantes pensam dos esforços do 'príncipe palhaço' e seu plano!" – Nader escreveu. "Ninguém desperdiçaria com ele nem uma xícara de café, não fosse a pessoa com quem é casado."

Dias depois do encontro de Broidy com Trump, os Emirados Árabes Unidos premiaram Broidy com o contrato de inteligência que os parceiros tanto desejavam, de mais de $600 milhões por cinco anos, segundo e-mail vazado.


No início de 2017, os Kushners tentaram obter dinheiro do Qatar para o tormentoso investimento da família no número 666 da 5ª Avenida. Os qataris não se interessaram. Poucas semanas depois, Jared Kushner já apoiava o bloqueio saudita contra o Qatar "financiador do terrorismo". Em março de 2018 o Qatar afinal resolveu pagar para salvar o patrimônio imobiliário de Kushner. Pouco depois, Trump apresentou o Qatar como aliado na luta contra o terrorismo.

Claro que essa sequência de eventos não passa de coincidência. Trump e família são insubornáveis: eles flutuam acima do pântano. (Brincadeirinha.)

Em noticiário relacionado a isso, lê-se que o Psy-Group, empresa israelense que trabalhou na campanha de Trump, como influenciadora nas mídias eletrônicas, acaba de ser fechada:


Segundo o New York Times, o filho de Mr. Trump, Donald Trump Jr., reuniu-se com Mr. Zamel meses antes das eleições. Naquele momento, o Psy-Group desenvolvia uma proposta para "campanha multimilionária para manipulação online" para ajudar Mr. Trump a vencer as eleições – noticiou o New York Times, citando quatro pessoas bem informadas sobre o caso.

A campanha teria sido supostamente cancelada, depois que o Psy-Group foi informado de que qualquer envolvimento na campanha seria ilegal. O New York Times noticiou que Mr. Zamel mesmo assim recebeu um pagamento estimado em cerca de $2 milhões, de um sócio de Trump.

Quem pagou? Estava comprando o quê? 

Um ano depois do início da investigação comandada por Mueller sobre influência estrangeira ilegal em campanhas eleitorais e na política dos EUA, afinal os investigadores estão cara a cara à frente dos verdadeiros culpados. Ninguém tem mais influência na política e nas eleições nos EUA que os sionistas e as monarquias do Golfo. E o instante em que poderia afinal chegar a essa conclusão, é também o instante em que, muito provavelmente, o inquérito chefiado por Mueller será encerrado oficialmente. 

O pântano é instituição que beneficia gente demais, o pântano e o dinheiro sujo que fermenta em torno dele. Nenhum dos partidos no Congresso tem interesse em divulgar as relações que todos mantêm com dinheiro sionista para campanhas eleitorais e as propinas pagas pelas monarquias do Golfo.

Sem qualquer investigação séria, tudo volta a ser permitido. O pântano é hoje maior do que nunca.

blogdoalok

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