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terça-feira, 17 de abril de 2018

EUA e aliados expostos à retaliação russa na Síria

 Global Times, Editorial, Pequim, China

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

O presidente dos EUA Donald Trump anunciou na 6ª-feira que ordenara ataques contra o regime sírio, como resposta a um ataque químico no fim de semana passado. 
Disse que os ataques seriam coordenados com França e Reino Unido. O presidente da Síria Bashar al-Assad disse que seu país foi "invadido" por aqueles três países. A Embaixada Russa nos EUA disse em declaração que "insultar o presidente da Rússia é inaceitável e inadmissível."
Em declaração espetaculosa, Trump afirmou que o governo de Bashar al-Assad usara armas químicas contra civis. Disse que "O ataque maligno e desprezível deixou pais e mães e meninos e bebês contorcendo-se de dor e sem conseguir respirar. Não são ações de homem. São crimes de um monstro." Trump também alertou que "a Rússia tem de decidir se continuará por esse caminho de trevas ou se se reunirá às nações civilizadas numa força a favor da estabilidade e da paz."

Os fatos não podem ser distorcidos. Esse ataque militar não teve autorização da ONU, e os ataques visaram a um governo legal de estado membro da ONU. EUA e seus aliados europeus atacaram para punir o presidente Bashar al-Assad por um suposto ataque químico em Duma semana passada. Mas não há qualquer confirmação de que o ataque com armas químicas tenha realmente acontecido nem, caso tenha acontecido, que tenha sido obra de forças do governo, ou obra da oposição. Nenhuma organização internacional qualificada promoveu qualquer tipo de investigação nem emitiu qualquer parecer confiável.

O governo sírio destacou repetidas vezes que não tem qualquer necessidade de usar armas químicas para capturar a cidade de Duma, ainda controlada pela oposição; e que o uso de armas químicas serviu como pretexto para a intervenção ocidental. Qual das duas posições - os argumentos do governo Sírio ou as acusações feitas por Trump contra o "regime maligno" de Assad - atendem às exigências mínimas da lógica elementar? A resposta é óbvia.

Os EUA têm longo histórico de se servir de falsos pretextos para inventar guerras. O governo Bush garantiu que o regime de Saddam teria armas químicas, antes de tropas da coalizão EUA-Grã-Bretanha invadirem o Iraque em 2003. E a coalizão nada encontrou do que insistiam em chamar de "armas de destruição em massa", mesmo depois de o regime de Saddam já ter sido derrubado e destruído. Ambas as capitais, Washington e Londres admitiram mais tarde que foram enganados por 'inteligência' falsa. 

O ataque de Washington contra a Síria, onde há tropas russas em operação, é grave descaso em relação às capacidades militares russas e à dignidade política da Federação Russa. Trump, como aluno malcriado, disse a Moscou, potência nuclear mundial, que abandonasse seu "caminho de trevas".

Muito preocupante que Washington pareça já estar viciada em zombar da Rússia nesse tom. A Rússia pode ordenar ataque destrutivo de retaliação contra o ocidente. A frágil economia russa enfrenta a praga das sanções ocidentais e dos movimentos do ocidente para encurralá-la e limitar o espaço estratégico dos russos. O ocidente pôr-se a provocar a Rússia nesses termos, é atitude de quem não se assume como responsável pela paz mundial. 


A situação ainda ferve. O governo Trump diz que sustentará os ataques. Mas ainda não se sabe por quanto tempo perdurará a ação militar nem se a Rússia responderá ou não. Países ocidentais insistem em provocar a Rússia e não dão sinais de temerem qualquer tipo de revide. Essa arrogância alimenta riscos e perigos.

blogdoalok

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