Pentágono & Propaganda para Milenistas - Noticia Final

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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Pentágono & Propaganda para Milenistas

Christian Sorensen,** Newsbud

Traduzido pelo coletivo da vila vudu

A Lei de Autorização da Defesa Nacional [ing. National Defense Authorization Act] de 2013 modificou a Lei Smith-Mundt e para todos os efeitos matou qualquer impedimento que houvesse contra o uso de propaganda contra públicos norte-americanos. 
Desde então o Pentágono tem-se movimentado sem freios para ocupar corações e mentes nos EUA, aplicando esforços extras para atingir diretamente a população milenista. O programa Late Night with Seth Meyers é apenas um exemplo, dentre muitos que indicam claramente o quanto o Pentágono refinou o velho jogo.
O Pentágono escalou no seu jogo de propaganda na era da Internet. Tocar as mentes milenistas exige mais que spots vulgares de publicidades e slogans rimados. Exige celebridade, humor e lisonja. Seth Meyers, mestre de cerimônia de Late Night, lá está, feliz por poder colaborar.


Como opera a propaganda para milenistas?

Meyers prepara o cenário, chamando de "as forças armadas de nossa nação" o pessoal em uniforme, quando, na realidade, eles existem para lutar por grandes interesses empresariais, para espantar para o mais longe possível os concorrentes regionais de Israel e para manter o petróleo fluindo pelos dutos. O orçamento de guerra dos EUA é transferência direta de coisa como $1 trilhão por ano para as empresas da indústria da guerra. Em outras palavras, os fundos são públicos, mas os lucros são privados. Militares dos EUA são qualquer coisa, exceto "as forças armadas de nossa nação".


Meyers na sequência, apresenta o Secretário da Guerra, posição ocupada naquele momento por Ashton Carter, como um avô bondoso. Carter representa bem. Alterna sem saltos caretas de palhaço risonho e sorriso de protetor atento. Tudo aí é fingimento planejado. Carter passou praticamente a vida inteira a serviço da máquina de guerra, usando seu formidável poder cerebral para garantir dinheiro para pesquisas, análises políticas e apoio acadêmico.

Nem de longe se fala da destruição do meio ambiente por ação do Pentágono. Em momento algum se fala no número de mortos da era Carter. Civis mortos no Iêmen, na Líbia, na Somália, no Afeganistão, no Paquistão, no Iraque, Síria e Filipinas são deliberadamente excluídos quando a propaganda trabalha para fechar os olhos dos sensíveis milenistas. Em nenhum momento essa escorregadia peça de propaganda menciona a operação pela qual Carter cooptou o Vale do Silício, o apoio que deu ao ditador egípcio, o quanto Carter expandiu o Comando dos EUA na África, USAFRICOM, ou seu amor ávido pelo regime saudita. Serviço bem feito.

Piadas abundam. Todas bem colocadas, especificamente para 'neutralizar' qualquer crítica contra a política do Pentágono. Meyers faz piada sobre invadir nações soberanas, que o Pentágono invade realmente com nada engraçada regularidade. Meyers faz piada sobre a fraca segurança nuclear, por menos que falhas na segurança do arsenal dos EUA seja assunto engraçado. (Depois de afinal tomar conhecimento das mais deploráveis práticas de segurança, o Pentágono limita-se a declarar secreto o status real da própria incompetência nuclear.)

Repetidas vezes Meyers faz lembrar aos telespectadores que o Pentágono é lar de "284 banheiros". E convenientemente omite o fato de que vários banheiros extras foram incluídos no projeto do prédio, para atender às leis de segregação racial do estado da Virginia (Carroll, p. 4). Meyers bem poderia ter informado que o Pentágono é lar de 24 mil burocratas que melhor serviriam o país e o mundo se se tornassem professores, médicos, agricultores e bombeiros.

Seth Meyers insiste que "Uma das maiores coisas sobre o Pentágono é o conjunto de itens interessantes que mantêm em exposição." Então, mostra bens da propriedade pessoal de um líder cujo país o Pentágono destruiu durante uma guerra ilegal. Não incluídos nos casos em exposição: 1) os cadáveres de mais de 1 milhão de iraquianos mortos por efeito direto das ações do Pentágono; 2) bombas norte-americanas lançadas de veículos aéreos não tripulados contra civis e gangues no Paquistão, Iêmen, Somália e em todo o Oriente Médio Expandido; 3) amostras de água e solo de cidades que o Pentágono poluiu; 4) os cadáveres de peões norte-americanos que morreram em terra estrangeira, imagens dos quais é política do Pentágono esconder, a menos que a família do morto requeira a exceção; 5) retratos dos milhares de veteranos que se suicidaram, depois de usados, abusados e descartados pela máquina de guerra dos EUA.

Durante a sessão de perguntas e respostas, o Secretário da Guerra Ashton Carter admite que é desejo seu falar diretamente aos norte-americanos que estejam entre 18-24 anos. E proclama o exército dos EUA a "mais refinada força de combate que o mundo jamais conheceu". Esquece-se de explicar por que o Pentágono não venceu uma única guerra durante toda a vida dos norte-americanos que tenham hoje 24 anos.

Tiro o chapéu para a dupla de lutadores de luta-livre-show Carter & Meyers que se alternam no centro do ringue. O embuste funcionou, a se julgar pela reação do auditório presente e a entusiástica lista de elogios na sessão de comentários, abaixo do vídeo. O Pentágono dita os termos, e o povo nos EUA aceita aquela desinformação e todas aquelas mentiras armadas. A lição é clara: temos de aprender a ler por trás da propaganda do Pentágono, se quisermos ainda, algum dia, viver em mundo sem guerra.*****



* Orig. Millenials Propaganda. Os "milenistas" (também chamados Geração Y) são a geração que se seguiu à Geração X. Não há datação precisa entre as duas, mas demógrafos e pesquisadores usam o início da década dos 1980s como início e meados dos anos 1990s até 2000 como fim do período chamado "dos milenistas" [NTs, com informações de Wikipedia].
** Christian Sorensen é escritor independente e tradutor de árabe. Serviu à Força Aérea dos EUA de 2007 a 2011. Os horrores aos quais assistiu durante o tempo em que serviu como militar obrigaram-no a reavaliar o apoio que dava ao Império Norte-americano. Mr. Sorensen é pós-graduado em Estudos de Tradução e Relações Internacionais. Escreve principalmente sobre o conflito Israel-Palestina e Imperialismo Norte-americano (in Newsbud). 

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