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quinta-feira, 27 de julho de 2017

'Tempestade' está chegando: mais alguns detalhes sobre novo porta-aviões russo

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou que o país planeja construir um novo porta-aviões nuclear para a sua Marinha antes do ano 2025.
Modelo reduzido do novo porta-aviões russo Shtorm
O Projeto 23000 para a construção do porta-aviões polivalente Shtorm (Tempestade, em russo) foi apresentado pela primeira vez aos mais altos cargos militares da Rússia em 2013. Dois anos mais tarde, o público teve acesso à maqueta do navio do Projeto 23000 no Fórum internacional de material bélico 2015.


A edição russa Zvezda analisou os aspectos positivos e negativos do projeto naval e também coletou os detalhes das possíveis características do navio militar.

Os prós e os contras

Aqueles que defendem que não há necessidade real de um novo navio na Marinha da Rússia, destacam o fato que, em caso de uma guerra à escala mundial, estas embarcações podem ser facilmente afundadas com ataques de mísseis nucleares estratégicos. No entanto, em uma guerra de proporções mundiais, a única diferença entre os perdedores e os vencedores é que os últimos morrerão apenas um pouco mais tarde, destacou a edição. Não obstante, no contexto atual de conflitos isolados e espalhados por todo o planeta, os porta-aviões podem ser justamente o que faz falta.

Os principais pontos contra a construção de novos navios é seu elevado custo e a necessidade de embarcações de escolta: várias fragatas ou corvetas e, pelo menos, um submarino. Pelo lado positivo, os porta-aviões são móveis e autossuficientes e permitem realizar ataques contra os inimigos de forma rápida e eficaz.
Um verdadeiro aeródromo flutuante
O novo porta-aviões terá as capacidades de uma base aérea semelhante ao aeródromo de Hmeymim, utilizado pela Força Aeroespacial da Rússia na Síria.
O Shtorm ultrapassará significativamente o Admiral Kuznetsov, navio-chefe da Marinha russa, tanto em tamanho como em capacidade de combate, salientou o Zvezda.
A principal diferença entre os dois navios é que o Shtorm terá uma unidade propulsora nuclear, o que lhe conferirá uma autonomia quase ilimitada nos mares e oceanos. Além disso, em vez das 52 aeronaves do porta-aviões atual, o Shtorm pode albergar entre 80 e 90 aparelhos aéreos de última geração.
A unidade de aviação militar embarcada no novo navio poderá realizar operações estratégicas, mesmo em situações de conflito de alta intensidade. As aeronaves poderão decolar imediatamente uma depois da outra, uma vez que o Storm contará com quatro mecanismos de decolagem: dois em forma de trampolim e dois em forma de catapulta.
O Shtorm poderá carregar até 6.000 toneladas de combustível para aviões e suas munições aéreas devem consistir de cerca de 3.000 mísseis de cruzeiro e bombas.
Mecanismos de defesa
Em princípio, o futuro porta-aviões russo não contará com sistemas de mísseis antiaéreos e de defesa antimíssil capazes de proteger toda a força naval de um ataque inimigo. No entanto, o navio poderá exercer a autodefesa de forma excepcional. O navio estará equipado com quatro sistemas de mísseis antiaéreos S-500, capazes de destruir alvos aéreos e balísticos se deslocando com velocidades até 7.000 metros por segundo e localizados a distâncias de até 800 quilômetros.
Além disso, o Shtorm contará com um novo sistema antitorpedo, um radar de matriz ativa faseada (AESA, na sigla em inglês) e meios de comunicação e de guerra eletrônica de última geração, informou o Zvezda.
Quando começa a 'tempestade'?
Segundo Yuri Borisov, vice-ministro da Defesa da Rússia, a construção do novo navio para a Marinha da Rússia será iniciada antes do ano 2025, mas se estima que o lançamento do Shtorm terá lugar apenas em 2030. No futuro, a Marinha da Rússia poderia contar com, pelo menos, dois porta-aviões do Projeto 23000. A produção em série custaria menos para o orçamento e proporcionaria um aumento significativo da capacidade de combate das Forças Armadas nacionais.
Por enquanto, a Marinha russa conta apenas com o Admiral Kuznetsov, construído em 1991. Este gigante naval passará por uma modernização em grande escala a partir de 2018, após a qual poderá servir a Marinha durante outros 20 anos.

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