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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Pesquisa do AIP indiano avança, mas a Marinha da Índia não espera recebe-lo a tempo de equipar nem o último dos seus submarinos Scorpène (em 2021…)

A agência de notícias indiana Indo-Asian noticiou, nesta terça-feira (18.10), que a Marinha local ainda não fixou um prazo para colocar em operação o sistema de Propulsão Independente do Ar (AIP na sigla em inglês) para submarinos que vem sendo desenvolvido no Laboratório de Pesquisa de Materiais Navais do estado indiano de Maharashtra.
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A sequência mostra (acima) o lançamento ao mar, ano passado, do “Kalvari”, primeiro Scorpène indiano, que se encontra atualmente completando os seus testes de mar; e, abaixo dois modelos de AIP, o desenvolvido pela DCNS francesa (à esq.) e a maquete do AIP indiano


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Por Roberto Lopes

De acordo com o vice-almirante G. S. Pabby, controlador de produção e aquisição de navios militares da Armada indiana, a pesquisa do AIP avança satisfatoriamente, mas a expectativa de que o equipamento possa vir a ser instalado nos dois últimos submarinos classe Scorpène da Índia – previstos para entrarem em operação nos anos de 2020 e 2021 – já não é válida.
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O almirante indiano Pabby

“O AIP está progredindo muito bem, está progredindo dentro do cronograma e eu acho que ele estará pronto bem antes dos requisitos que fizemos”, disse o militar à agência Indo-Asian. Ele ressaltou que o equipamento poderá ser adicionado à classe francesa de submarinos indianos, caso eles, no futuro, necessitem de um retrofit.

Célula – A fabricação dos seis Scorpènes indianos teve início em maio de 2009, ao custo (estimado) de 3 bilhões de dólares.

Em novembro de 2014 foi anunciado que o sistema AIP pesquisado em Maharashtra sob a supervisão da Organização de Pesquisa e Desenvolvimento para a Defesa (DRDO) do governo de Nova Déli, poderia estar pronto para ser testado dali a três meses, e ser instalado nos submarinos S-54 e S-55 – os dois últimos da classe francesa em construção no estaleiro estatal Mazagon, de Mumbai.

Mas agora todo esse cronograma parece ter ido por água abaixo.

O equipamento estaria sendo pesquisado com o apoio de engenheiros do grupo francês DCNS, fabricante do submarino Scorpène, e de especialistas franceses em propulsão independente do ar. Mas não se sabe até que ponto essa cooperação é efetiva.

O coração do AIP indiano é uma inovadora “célula de combustível”. Ela concentrará a importância que hoje se confere ao óleo diesel a bordo do submarino. Enquanto motores diesel precisam de oxigênio para trabalhar, as células de combustível são independentes do ar.

Com esse sistema, um submarino de ataque, que precisa subir à superfície a cada três ou quarto dias em busca de oxigênio, poderá permanecer submerso por até duas semanas.

Metanol – As informações sobre o AIP indiano ainda são poucas. Admite-se que a célula de combustível funcione à base de metanol, que converte diferentes substâncias para a produção de hidrogénio.

O AIP também oferece outra vantagem essencial: ele move o submarino com muito menos ruído, o que aumenta o nível de discrição do barco – uma de suas características mais importantes.
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Até agora nenhum dos submarinos convencionais da frota indiana opera com AIP. Mas a Esquadra do Paquistão – país arquirrival da Índia – usa AIP em alguns dos seus navios.

Já os submarinos brasileiros da classe Scorpène em construção no município fluminense de Itaguaí não serão equipados com o sistema de Propulsão Independente do Ar.

Plano Brasil

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