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sexta-feira, 24 de abril de 2015

LAAD 2015: Rússia apresenta proposta para Alcântara


Uma maquete completa de um site de lançamento de satélites foi apresentada no estande da Russian Space Systems na LAAD 2015. Foto – DefesaNet

Pedro Paulo Rezende
Especial para DefesaNet

A Rússia está pronta para substituir a Ucrânia caso as autoridades de Kiev não mostrem interesse de dar continuidade às atividades da Alcântara Cyclone Space (ACS). Uma proposta preliminar foi entregue ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Significativamente, uma maquete completa de um site de lançamento de satélites foi apresentada no estande da Russian Space Systems na LAAD 2015, feira que foi realizada no Riocentro, Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por fontes do Itamaraty e da Federação Russa.

O governo brasileiro pretende transformar o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), em uma nova Kourou (Centro de Lançamentos na Guiana Francesa). Para isso, já investiu R$ 1 bilhão no CLA para cumprir os termos do acordo espacial assinado em 2002. Parte desse dinheiro foi empregada como contrapartida no desenvolvimento do Cyclone 4. O local é considerado privilegiado por estar próximo à linha do Equador, o que garante boas condições climáticas e um menor custo para impulsionar o foguete até a órbita.

A maquete mostra vários diferenciais em relação ao acordo que formou a ACS. O Centro de Lançamento de Alcântara incluiria uma fábrica de propelente líquido e uma área de montagem do foguete, ao contrário do previsto no acordo entre Brasil e Ucrânia. Segundo os termos em vigor, o lançador seria trazido da Ucrânia já abastecido para ser desembarcado no Porto de Alcântara, o qual, além de atender às necessidades do sítio de lançamento da ACS, estará ato a receber cargueiros de até 100 mil toneladas.

Uma maquete completa de um site de lançamento de satélites foi apresentada no estande da Russian Space Systems na LAAD 2015. Foto – DefesaNet

PROBLEMAS

A ACS sofre duramente com a desordem econômica e a guerra civil nas províncias do leste ucraniano. Segundo o cronograma original, o primeiro lançamento deveria ter ocorrido em dezembro de 2010, mas foi adiado para dezembro de 2012 e final de 2015. Agora, não há uma data prevista. A fábrica, hoje, está inativa e os galpões foram esvaziados.

Vários problemas colaboraram para o atraso. Comunidades quilombolas (formadas por descendentes de escravos) vivem na região e criaram obstáculos para o projeto, que também teve de enfrentar as autoridades ambientais federais e estaduais. As obras, finalmente, tiveram início em setembro de 2010. A área de 500 hectares inclui as estruturas do Complexo Técnico, do Complexo de Lançamento e da área de armazenamento de propelente.

O acordo entre Brasil e Ucrânia nunca foi uma unanimidade. Sofre forte oposição de setores da Força Aérea Brasileira e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que gostariam de aplicar mais recursos no Veículo Lançador de Satélites (VLS), de concepção nacional. O Brasil já aplicou mais de US$ 2 bilhões no programa, sem nenhum resultado positivo. Depois de um grande acidente, em 25 de agosto de 2003, que dizimou a equipe que trabalhava no projeto, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) recebeu apoio de técnicos russos.

Com base nessa cooperação, as falhas do foguete foram sanadas. Um novo terceiro estágio foi desenhado, usando combustível líquido em lugar de sólido, ampliando a capacidade de carga do lançador. Esse projeto, no entanto, foi substituído por outro, de tecnologia alemã.

Outro problema é o fato de que, a ACS depende, para ter sucesso no mercado de satélites, de um acordo de salvaguardas tecnológicas com os Estados Unidos, dono de 50% do volume de lançamentos. O Brasil não possui esse acordo. Chegou a ser firmado durante a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, mas os atuais membros do governo, na época na oposição, conseguiram derrubá-lo.

Fonte: DefesaNet

Rússia fará proposta para criar estação espacial conjunta dos BRICS

A Rússia está pronta para propor aos Estados membros do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) a criação de uma estação orbital comum, segundo informou o chefe do Conselho Técnico-Científico da Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos), Yuri Koptev, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (22).

Segundo ele, o desenvolvimento de uma estação orbital conjunta pode ser iniciado se o programa da Estação Espacial Internacional (EEI) for suspenso devido a divergências políticas entre os atuais parceiros do laboratório orbital.

“Se tivermos uma situação de força maior devido a alguma diligência política, temos uma possibilidade, depois de 2019, de preservar a espinha dorsal da estação, [possibilidade] que poderemos desenvolver em conjunto com os BRICS ou com alguns outros países”, explicou Koptev.

A expansão da cooperação espacial entre Brasil e Rússia, especificamente, foi tema de uma entrevista exclusiva da Sputnik com o diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da Agência Espacial Brasileira, Petrônio Noronha de Souza. Ele destacou a parceria que vem ocorrendo com os russos no desenvolvimento das estações do Glonass (Sistema de Navegação Global por Satélite) no Brasil — que, aliás, acaba de ganhar sua segunda antena, a ser instalada no campus da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio de Grande do Sul – e comentou sobre um possível interesse do Governo brasileiro em um projeto russo, chamado Lançamentos Marítimos, para a construção de uma espécie de cosmódromo marítimo – um ponto de lançamento flutuante em uma plataforma em alto-mar, aproveitando a extensa costa brasileira, com latitudes bem próximas à linha do Equador, o que proporcionaria maior carga útil dos satélites.

Fonte: Sputnik News Brasil / Plano Brasil

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