Soldados russos profissionais participaram da Batalha de Debaltseve - Noticia Final

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sábado, 21 de fevereiro de 2015

Soldados russos profissionais participaram da Batalha de Debaltseve

A cidade Debaltseve, que foi palco de hostilidade entre ucranianos e federalistas do Donbass por 32 dias, foi tomada por soldados russos e não militantes locais, escreveu Ilya Barabanov em sua coluna no jornal russo Kommersant.

A reportagem corrobora com os relatos dos soldados ucranianos que lutaram nessa batalha. Segundo os ucranianos, eles estavam lutando contra o Exército Russo e não contra os federalistas locais.

A reportagem do Kommersant menciona 4 soldados profissionais russos, que servem em uma brigada mecanizada de rifles russa e que tomaram parte na Batalha de Debaltseve.

O repórter deu a conhecer o nome dos soldados: Misha, 20, Lesh, 21, Artem, 22 e Dime, 23. Todos são nomes falsos utilizados pelo jornalista.

Ilya afirma que viu veículos marcados do Exército Russo, mas não quis revelar o nome da unidade por motivos desconhecidos.

Segundo a reportagem, os comandantes dos soldados não se opuseram que eles fosse para o Donbass, pelo contrário, os reverenciaram, uma vez que eles iriam defender sua terra natal.

Os soldados russo entraram no Donbass de 3 em 3 e foram divididos em unidades do Exército da República Popular de Donetsk. Por que 3? Pois 3 é o número de tripulantes dos blindados.

“Assim, o combate é realizado por quem realmente sabe lutar. Depois de cumprida a missão, os federalistas realizam o resto do trabalho”, diz a reportagem. Isso se assemelha muito com o que me relatou um agente da inteligência russa dias atrás. Segundo ele, sua unidade só age a noite, algumas vezes de dia para tomar postos de controle ucranianos. Depois que esses postos são ocupados por federalistas locais, tudo isso para camuflar a atuação russa.

Antes do assalto a Debaltseve, ninguém viu os buryats (uma tribo indígena russa de ascendência mongol), que hoje são vistos aos montes depois da vitória federalista na cidade. Ninguém os viu porque eles se concentraram em Vuhlehirsk e lá os jornalistas não foram autorizados a entrarem. Vuhlehirsk serviu de plataforma para o assalto a Debaltseve. Por falar em Debaltseve, poucos jornalistas puderam entrar na cidade. O trabalho dos demais só será permito depois que as tropas russas sejam camufladas.

Ilya disse que os soldados russos não só podia irem para Ucrânia (que é crime segundo Código Penal russo e o Código Militar) como foram treinados especialmente para esse combate.

"No caso de novos ataques de militantes (russos), o comando das unidades militares russas em todo o país vão começar a falar sobre como é importante ajudar os amantes da liberdade do Donbass contra a agressão do Ocidente. Não há obrigação. Apenas voluntários", disse escreveu Ilya.

Ilya também relatou a confissão de um soldado russo que estava em Debaltseve. Segundo esses soldados, seus superiores lhes confidenciaram que iriam para a Ucrânia também.

"Eles disseram ao mesmo tempo. Você vê o que essas criaturas estão fazendo aqui, todo mundo queria estar lá. Estou servindo não para aprender a costurar e cavar. Nossos líderes nos disseram que podemos parar a guerra desta forma”, disse o soldado.

O jornalista disse que todos os 4 soldados rescindiram seus contratos com o Exército Russo. Suponhamos que isso seja verdade: Quem deixaria o Exército Russo, que hoje paga bem para os soldados profissionais, para simplesmente lutar em outro país? A meu ver eles terão seus postos de volta quando retornarem à Rússia. Talvez a Rússia faça isso para não ter problema com a justiça do país e os tribunais da ONU.

O jornalista diz que os federalistas não podem viver mais sem Mariupol, Artemivsk e Lysychansk. Se ele afirma isso é porque ouviu algum federalista dizer isso.

Ele também lembra que o Donbass lembra a Guerra Civil Espanhola, onde os soldados do Exército Vermelho combatiam os nacionalistas ao lado dos republicanos.

Comentário do INFORMANTE:
A Rússia parece que criou um novo estilo de fazer guerra, uma guerra extremante complexa e confusa para seus inimigos e a ONU. Ao realizar essa lavagem cerebral em seus soldados, a Rússia ganha e ganha muito. Por exemplo: A Rússia paga para seus melhores oficiais da inteligência conduzirem a guerra, ao passado que ganha a mão-de-obra de seus soldados, mas esses soldados não tem nenhum vínculo com o Exército Russo, logo o Exército e o governo não pode ser acusado de nada. Há também a questão assistencial. A Rússia não precisa pagar pensões nem eu tratamento dos soldados que foram feridos ou mortos em combate. Lembrem-se de Gregory, “voluntário” russo no Donbass entrevistado por esse blogueiro e que fora ferido em combate. Hoje ele tem que levantar dinheiro para sua cirurgia. 

O Informante

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