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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Rússia obtém acesso autônomo ao espaço

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A Rússia realizou com êxito o lançamento de um foguete Angara-M5 a partir do cosmódromo de Plesetsk, no noroeste da Rússia. É uma nova geração de vectores com o emprego de um módulo especial com propulsores ecológicos a oxigénio e querosene. A capacidade de carga varia entre 1,5 e 25 toneladas.

Se trata, pois, de um evento de destaque por a Rússia se transformar num país independente na área espacial. Até hoje, os lançamentos desse género eram realizados a partir do cosmódromo de Baikonur que, após a desintegração da URSS, passou a pertencer ao Cazaquistão.
O acordo de locação, celebrado entre Moscou e Astana, vigora até 2050. Por isso, os lançamentos se efetuam sob o controle de um país vizinho amigável, mas soberano. O último sucesso vem alterar a situação, salienta o redator-chefe da revista Novosti Kosmonavtiki (Novidades da Cosmonáutica), académico, Igor Marinin:
“O lançamento foi ideal. O foguete irá substituir o Proton, podendo lançar satélites para órbita geoestacionária  tanto a partir do Baikonur, como a partir da rampa em Plesetsk. Deste modo, com esse foguetão obtivemos a oportunidade de enviar cargas úteis sob a alçada do Ministério da Defesa.
Além disso, o Angara tem aliciantes perspectivas de desenvolvimento. Estão sendo construídos um bloco de hidrogénio e um de oxigénio, o que poderá aumentar a capacidade de carga do foguete-portador. Este e muitos outros fatores são uma prova eloquente de um novo avanço da Rússia na conquista do espaço cósmico”.
O Angara é composto de módulos e pode integrar vários blocos de arranque para colocar em órbita geoestacionária e terrestre cargas de diversos tipos. Conta com um motor para o modelo ligeiro, três motores para o modelo médio e cinco para o modelo pesado, de 25 toneladas. Em virtude dessa característica, o foguetão será muito eficiente em termos econômicos.
Uma outra particularidade tem a ver com o fator ambiental. Em vez de combustível tóxico, o engenho usa o querosene com oxigénio na qualidade de oxidante.
No verão de 2014, foi testada a versão ligeira do Angara. Desta feita, chegou a vez de submeter à prova uma versão pesada com uma maqueta de carga igual a 2 toneladas. O lançamento de um engenho espacial (satélite) está previsto para os anos 2016-2017.
Enquanto isso, os projetistas estão colocando novas metas, pretendendo construir um Angara versátil, ou seja, polivalente. Isto irá fazer com que os lançamentos se tornem mais baratos. Mas mesmo sem isso, o Angara não tem análogos.

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