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sábado, 25 de outubro de 2014

Bruxelas aceitou pagar pelo gás ucraniano

Alemanha, Merkel, gás, Ucrânia, Europa

A União Europeia

Entretanto, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, está exortando Bruxelas a determinar as condições do levantamento das sanções contra a Rússia. Analistas suspeitam que os sentimentos antirrussos na Europa estão perdendo terreno graças à nova equipe de funcionários europeus que ocuparam os gabinetes de Bruxelas após as recentes eleições.
A Rússia tem todas as razões para exigir pré-pagamento pelo gás, reconheceu Angela Merkel. A chanceler alemã apelou à União Europeia para garantir o financiamento intermediário de fornecimentos de gás natural russo para a Ucrânia. É particularmente importante alocar fundos de novembro a fevereiro, porque em fevereiro Kiev receberá o próximo pacote de ajuda do Fundo Monetário Internacional, notou Merkel.
Os diferentes conceitos de tal “financiamento intermediário” serão discutidos nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia com a participação do Comissário Europeu para a Energia, Guenther Oettinger, que serão realizadas em 29 de outubro, informou a chanceler federal.
Em meados de junho a Rússia cortou os fornecimentos diretos de gás para a Ucrânia por causa dos bilhões de dólares de dívida de Kiev. Agora Ucrânia está recebendo gás só em reverso da Europa. Para sobreviver o inverno e não parar o trânsito de gás para a Europa, o país precisa de 4 bilhões de metros cúbicos de gás russo.
Para pagá-los são necessários 1,6 bilhões de dólares que Kiev, naturalmente, não tem. As partes estão tentando resolver o litígio de gás no formato de conversações tripartidas envolvendo a Comissão Europeia. Até agora elas não têm tido sucesso, principalmente por causa do lado ucraniano estar constantemente mudando de opinião.
Durante a prolongada disputa de gás, o presidente russo Vladimir Putin tem repetidamente proposto à Europa cuidar ela própria de pagar as dívidas ucranianas em vez de pressionar a Rússia forçando-a a fornecer gás aos ucranianos praticamente de graça. Até recentemente Bruxelas não tem reagido a estas propostas. Mas eis que veio o frio, e os europeus se lembraram imediatamente da proposta de Moscou. Provavelmente, também teve um impacto a iminente mudança dos funcionários do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia, acredita o perito nesta área Nikolai Podlevskikh.
A Europa já sentiu em si os efeitos das sanções antirrussas introduzidas sob pressão de Washington. A Rússia, naturalmente, também o sente, mas não pretende pedir nada a Bruxelas, enfatizou há dias o ministro russo do Exterior Serguei Lavrov:
“As sanções que foram anunciadas pelos norte-americanos, pela União Europeia e por vários outros estados, são faltosas, não podem contribuir nem para a desescalada do conflito, nem para a proteção dos direitos da população da Ucrânia. Estes passos, que foram tomados sob forte pressão dos Estados Unidos (se falamos dos europeus), contrariam os interesses dos próprios países da União Europeia. Para eles, a Rússia é um dos principais parceiros econômicos, e os danos que querem causar à Rússia, são causados também aos países da UE”.
Os europeus percebem tudo isso perfeitamente. Mas estão perante uma escolha: continuar a jogar o jogo de Washington, ou sempre se preocupar com seu próprio bem-estar. A segunda opção parece estar prevalecendo.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha disse que está na hora de definir uma lista de condições para o levantamento das sanções contra a Rússia. No entanto, Frank-Walter Steinmeier imediatamente fez uma reserva que o tempo para isso ainda não chegou, e apresentou a sua lista de exigências para Moscou, em parte difíceis de cumprir. Mas isso já é diplomacia: pois Berlim não pode recuar tão bruscamente sem perder a cara.

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