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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Estados Unidos em vão propõem à China amizade contra a Rússia

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A China vai perder a oportunidade de reformatar a ordem mundial se sucumbir à pressão dos Estados Unidos para impor sanções contra a Rússia, afirmou o presidente do Instituto de Estratégia Nacional, Mikhail Remizov. Assim ele comentou as tentativas de Washington de propor a Pequim amizade contra Moscou por causa de sua política na Ucrânia.

Essas declarações parecem paranoia e perda total do sentido da realidade, acredita o vice-presidente do Centro de Tecnologias Políticas, Serguei Mikheev.
A tentativa dos Estados Unidos de convencer a China a se juntar às sanções do Ocidente contra a Rússia foi anunciada pelo coordenador do Departamento de Estado dos EUA, Daniel Freed. A China, educadamente mas com firmeza, rejeitou aos Estados Unidos o apoio de sua política antirrussa. O Ministério das Relações Exteriores chinês explicou na sua resposta aos Estados Unidos que a introdução de quaisquer tipos de proibições não vai ajudar a resolver a situação na Ucrânia.
Eis o que diz o politólogo Mikhail Remizov:
“A China tem um motivo bastante sólido e forte para não ceder a tal pressão. Nos últimos anos surgiu uma tendência de transformação da China em um centro alternativo de poder no cenário mundial. Regimes de muitos países da Ásia, América Latina, África, que estão tendo dificuldades com os norte-americanos, muitas vezes se focam e reorientam para a China. E isso é vantajoso para a China. E se agora ela demonstrasse maleabilidade perante a pressão bruta dos Estados Unidos, então, sem dúvida, ela teria demonstrativamente recusado esse estatuto do centro de poder alternativo, ela teria perdido a cara”.
Os Estados Unidos não têm nenhum “prêmio” para a China em troca de sanções contra a Rússia, acredita o analista político Serguei Mikheev:
“Os norte-americanos não têm nada que eles pudessem oferecer aos chineses para que os chineses estragassem suas relações com a Rússia. Se a China concordar com isso, então ela reconhecerá de fato a liderança dos Estados Unidos como potência mundial e se tornará um de seus vassalos. Isso nunca vai acontecer. A China está vendendo quantidades enormes de produtos no mercado russo, por isso perder esse mercado assim de repente ou arranjar problemas nele não é para a China de forma nenhuma. E a China não vai envolver-se em competição geopolítica com a Rússia, que é um vizinho próximo e um dos seus próximos parceiros políticos, só para agradar os Estados Unidos”.
O politologista chamou de conversa de filisteus os rumores de que os Estados Unidos vão dar à China umas tecnologias em troca de sanções contra a Rússia. Os Estados Unidos nunca irão fortalecer com suas próprias mãos o seu concorrente global, algo que Pequim entende perfeitamente. O máximo que nesta situação a China pode obter dos Estados Unidos é um tapinha nas costas, sorrisos e apelos ao estabelecimento da democracia, acredita Serguei Mikheev.

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