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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Novo submarino nuclear entrou ao serviço da Marinha russa

A Marinha russa passou a contar com o primeiro submarino nuclear multipropósito de 4a geração Severodvinsk do projeto Yasen. Nele são utilizados pela primeira vez como armamento principal mísseis de cruzeiro com decolagem vertical.

No total, de acordo com o programa estadual de armamentos, até 2020 na fábrica Sevmash devem ser construídos oito submarinos nucleares das classes Yasen e Yasen-M, armados com mísseis de cruzeiro. Ao contrário dos submarinos do projeto Borei, os navios do projeto Yasen não carregam mísseis balísticos. Esta é uma nova classe de submarinos de mísseis, cujo análogo no Ocidente é o submarino norte-americano do tipo Seawolf.

O propósito dos submarinos Yasen é distinto dos Borei, incluídos na tríade nuclear das forças nucleares estratégicas da Rússia, nota o perito Konstantin Sivkov:

“Os Borei estão armados com mísseis balísticos intercontinentais com ogivas nucleares, destinados a atacar território inimigo. E eles só serão usados em caso de uma guerra nuclear.

Os submarinos do tipo Yasen destinam-se a guerras com armas convencionais, bem como em guerras usando armas nucleares. Eles podem ser usados tanto em guerras de grande escala como em condições de guerras locais”.

Os navios da classe Yasen estão armados com várias armas. Em primeiro lugar, são torpedos que permitem destruir submarinos e atacar navios de superfície de todas as classes. Os submarinos estão também armados com mísseis do tipo Oniks (SS-N-26 na classificação da OTAN). Eles podem ser usados para alvejar grupos de porta-aviões de ataque a grandes distâncias. Seu raio de ação é de cerca de 300 quilômetros. Os submarinos do tipo Yasen estão também armados com mísseis Granat (SS-N-21 na classificação da OTAN), nota Konstantin Sivkov:

“Esses mísseis, segundo dados abertos, podem ter um alcance de tiro de 2.500-3.000 km, ou seja, atingir toda a profundidade do teatro europeu de combates. Ou atacar o Canadá ou os Estados Unidos aproximando-se de seu território. Assim, eles podem realizar tarefas semelhantes aos enfrentados pelas forças nucleares estratégicas, durante uma guerra nuclear alvejar instalações nucleares”.

Finalmente, podemos supor que, estando armado com mísseis Kalibr (SS-N-27A na classificação da OTAN), os submarinos do projeto Yasen são capazes de atacar alvos a uma distância de mais de 1.000 quilômetros. Assim, um só submarino como Severodvinsk é capaz de realizar a maioria das tarefas de ataque enfrentadas por qualquer frota da Rússia. Elas incluem ataques a alvos terrestres e a grupos protegidos de navios de superfície, destruição de caravanas de navios e realização de tarefas antissubmarino.

A principal vantagem destes submarinos é que eles são multiúso e isso é um contributo sério para o desenvolvimento da Marinha russa. Como se sabe, o Severodvinsk estará em serviço na Frota do Norte, e isso tem sua explicação, nota Konstantin Sivkov:

“Este submarino nuclear foi projetado para operações na zona oceânica. É justamente da zona oceânica que provêm as mais sérias ameaças marítimas para a Rússia. O principal inimigo foram e continuam sendo os Estados Unidos, digam o que disserem. Ora então, as nossas forças devem ser localizadas lá, de onde o inimigo pode representar uma ameaça, ou seja no Atlântico e no Pacífico”.

Durante o programa de testes estatais do submarino nuclear Severodvinsk foram realizados tiros de teste em todo o complexo de armamentos, incluindo mísseis de cruzeiro de vários tipos para atingir alvos marítimos e destruir instalações costeiras, o que é especialmente importante. Porque o uso em submarinos da classe Yasen de armamentos de alta precisão e longo alcance contra alvos costeiros pela primeira vez na prática russa dota um submarino multiuso de funções de dissuasão estratégica não-nuclear.

Voz da Rússia

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