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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Marinha Russa ganha submarino de última geração

Novo submarino nuclear será equipado com os mísseis antinavio 3M55 Onix Foto: Vladímir Rodionov/RIA Nóvosti

Devido à crise econômica da década de 1990, a União Soviética se viu obrigada a adiar os planos de criação do submarino nuclear em questão, uma verdadeira revolução na frota marítima do país. Sua peculiaridade está na multifuncionalidade, tornando-o sem análogos

O projeto do modelo principal do submarino Iásen a ser apresentado oficialmente nesta terça-feira (17) de junho, saiu no papel ainda em 1991, marcando a transição tecnológica na indústria correspondente da Federação Russa.

Ao contrário dos Estados Unidos, cuja frota de submarinos nucleares era geralmente composta por veículos de múltiplas finalidades, a União Soviética preferia uma ampla variedade de submarinos especializados quase não sujeitos à unificação e com uma série de funções similares.

O submarino de quarta geração, cujo projeto de elaboração foi iniciado em 1977, provocou certas mudanças neste conceito e levou ao abandono de especialização. Desde então, foi dada a preferência à multifuncionalidade de novos submarinos nucleares que consistia na capacidade de combater os navios do inimigo navegando tanto debaixo, quanto na superfície de água, assim como lançar os mísseis em direção aos objetos terrestres ou, em outras palavras, possuir uma capacidade de resolver qualquer tarefa atribuída à frota submarina do país.

Para alcançar o presente objetivo, os engenheiros russos criaram as soluções inéditas para a indústria nacional da época, substituindo a estrutura dupla que permitia alcançar altos níveis de resistência e flutuabilidade por uma arquitetura de um casco e meio com uma carcaça leve colocada apenas sobre a parte resistente do corpo de submarino, uma combinação de cascos duplo e simples usado nos submarinos americanos para uma navegação silenciosa e imperceptível. Além disso, as dimensões do complexo hidroacústico “Irtich” com potência elevada não permitiu manter os lançadores de torpedos instalados na proa, como em submarinos dos modelos anteriores. Portanto, o equipamento em questão foi transferido para o meio do veículo e instalado sob um ângulo determinado em relação à superfície diametral como em modelos americanos.

Granat contra Tomahawk

O novo submarino nuclear será equipado com os mísseis antinavio 3M55 Onix (Iákhont) que possuem alcance de 350 quilômetros. Um golpe feito com 24 destes foguetes seria capaz de causar danos sérios até para os porta-aviões americanos que contam com a proteção por meio do sistema potente de defesa antiaérea.

Salvo os lançadores de mísseis, “Iásen” inclui um sistema “Granat”, análogo nacional de lança-foguete americano “Tomahawk”, com alcance de até 3000 quilômetros e as ogivas nucleares opcionais iguais ao modelo americano. Além disso, o míssil 3M14 Calibra com alcance de 500 quilômetros instalado no submarino permite-o atacar os objetos terrestres com grande precisão, garantindo a execução eficiente das suas operações táticas.

Paralelamente, os lançadores de torpedos liberam os mísseis antinavio 3M54 “Biriúza” e antissubmarino 91P em direção ao alvo, além de realizarem a instalação de minas. O complexo de defesa do submarino “Severodvinsk” incluirá os dispositivos próprios para busca e eliminação de uma grande variedade de armadilhas e arrastões, além de um sistema de defesa antimíssil opcional capaz de neutralizar os torpedos do inimigo com os próprios torpedos especiais de pequeno porte.

No seu livro “Cold War Submarines” (“Submarinos da Guerra Fria” em inglês), Norman Polmer, famoso analítico naval americano, no final do capítulo dedicado aos últimos projetos de submarinos nucleares dos Estados Unidos e União Soviética afirma: "Há vários indícios de que os submarinos soviéticos de quarta geração já haviam alcançado ou até superado os seus concorrentes americanos em termos das suas principais características".

No solo americano, os análogos do “Iásen” incluem os submarinos multiuso “Seawolf” e “Virginia”, que, no entanto, possuem uma funcionalidade inferior. Segundo Igor Korotchenko, especialista militar russo, os novos submarinos nacionais devem ser capazes de "vigiar os cruzadores americanos estratégicos do tipo “Ohio”, incluindo a realização das missões de patrulha e controle dos territórios aquáticos nas regiões do país, onde a navegação dos navios de forças navais estrangeiras seria indesejável, assim como lançar mísseis de cruzeiro com o objetivo de eliminar os alvos terrestres, inclusive durante os conflitos locais, onde a presença permanente das forças armadas nacionais não seria necessária”.

Gazeta Russa

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