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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Armas brasileiras serão utilizadas contra sunitas

Astros II no Iraque

Comprados por Saddam Hussein, blindados Cascavel e lançadores de foguetes Astros II serão modernizados pelo Exército iraquiano

O Exército do Iraque vai priorizar a modernização da frota remanescente dos blindados Cascavel e do lançador de foguetes Astros II. Ambos os produtos foram fornecidos às forças de Saddam Hussein entre os anos 70 e 90 pelas empresas Engesa, já extinta, e Avibras Aeroespacial, de São José dos Campos.

A Avibras entregou ao Ministério da Defesa, há duas semanas, o primeiro lote da sexta geração do Astros, a série 2020, que poderá ser armada com mísseis de cruzeiro, em desenvolvimento, que terão 300 quilômetros de alcance. Não há detalhes sobre a iniciativa, decidida pelo premiê – e também ministro da Defesa – iraquiano, o xiita Nuri al-Maliki.

Os recursos necessários sairão do remanejamento dos créditos do Fundo Especial de Recuperação, aberto há 10 anos pelos EUA, estimado entre US$ 17,5 bilhões e US$ 20 bilhões.
EE-9_Cascavel_Iraque

O projeto cobre material de origem variada. A última unidade a utilizar o blindado brasileiro Cascavel EE9 foi a Guarda Republicana, tropa de elite de Saddam – que era cliente da indústria militar de 32 países. O arquivo da antiga Carteira de Comércio Exterior, a Cacex, registra a exportação para o Iraque de 363 unidades do Cascavel.

Armado com canhão de 90 milímetros, o veículo de tração 6×6 foi empregado para missões armadas de reconhecimento, escolta dos grupos de tanques pesados e durante o conflito de 2003, como artilharia móvel em apoio à infantaria leve. O Exército de Bagdá utilizou também o Urutu EE11, outro blindado 6×6 da Engesa, para transporte de tropas.

Foram adquiridos 148 deles – todos destruídos ou perdidos em batalha – desde a guerra contra o Irã, entre 1980 e 1988, o mesmo destino de cerca de 90% dos modelos EE9. O inventário americano feito em 2013 considera a frota restante do Cascavel em 35 blindados. Poucos estão em condição de uso.

O programa de modernização deve ser entregue ao consórcio dos EUA que executou a revitalização do carro para a Colômbia, trocando motor, o câmbio, e toda a eletrônica de bordo, aumentando o poder de fogo. O caso do lançador múltiplo de foguetes de saturação Astros II é mais complexo.
Sistema Astros II no Iraque

O Iraque recebeu 66 carretas lançadoras, o equivalente a 10 baterias completas do sistema. As primeiras foram entregues há pouco menos de 30 anos, bem a tempo de serem empregadas para enfrentar a ofensiva iraniana em Faw, península no sul do país. No começo da Guerra do Golfo, em janeiro de 1991, quase todas as carretas estavam disponíveis– embora os estoques de foguetes com raio de ação de 9 a 70 quilômetros fosse muito limitado.

A última encomenda feita pelo comando militar iraquiano foi retida no Porto de Santos pela Avibras, por falta de pagamento – um calote estimado em US$ 100 milhões. As forças da coalização Astros uma preferencial. O resultado disso é que teriam sobrevivido 40 rampas até a invasão de 2003. Depois, pouco mais de 20.

A Avibras ainda não foi procurada. Uma atualização do sistema é possível mas depende da conservação do material. Envolveria conjunto propulsor, computadores de tiro e a compatibilização com novas munições.

363 blindados Cascavel foram comprados pelo Iraque no passado, e 35 ainda estão em condições de uso.

FONTE: Estado de São Paulo/Defesa aérea & Naval

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