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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Ucrânia – a revelação dos segredos

As inesperadas declarações dos últimos dias reforçam as dúvidas sobre a legitimidade das atuais autoridades de Kiev e sobre a justiça moral dos norte-americanos que as apoiam.

O primeiro aspeto está associado aos atiradores furtivos que alvejaram manifestantes antigovernamentais em Kiev no dia 22 de fevereiro. Nessa altura, a responsabilidade foi atribuída aos agentes da força policial especial Berkut, às ordens do governo, para justificar a violação do acordo obtido entre a oposição e o presidente Yanukovich e o seu afastamento de facto do poder.

Mas eis que o chefe da comissão de inquérito, criada para investigar esse caso, e deputado ao parlamento ucraniano Guennadi Moskal, declarou que não existem fundamentos suficientes para atribuir o fogo dos snipers ao Berkut. Essa conclusão foi feita depois de terem sido estudadas as munições dos atiradores. O Berkut não usava esse tipo de munições. Moskal sublinhou que “o primeiro disparo foi feito contra os agentes policiais” e que os tiros, inclusivamente contra os manifestantes, podiam ter sido feitos por representantes de organizações que tivessem ficado descontroladas.

As conclusões da comissão contrariam a decisão da Procuradoria ucraniana, a qual tinha atribuído a responsabilidade dos disparos ao Berkut e a Yanukovich. Aliás, essas conclusões reforçam a versão dos peritos e analistas políticos russos, segundo os quais os disparos dos atiradores podem ter sido uma provocação por parte das forças antigovernamentais usada para justificar a golpe de Estado ilegítimo.

Quase simultaneamente surgiram pormenores chocantes da recente tragédia de Odessa, quando no incêndio da Casa dos Sindicatos morreram dezenas de opositores ao poder de Kiev. Agora, o chefe da direção-geral do Serviço Estatal para Situações de Emergência do distrito de Odessa, Vladimir Bodelan, escreveu no Facebook: “Estou convencido que 99,9% das pessoas morreram no edifício dos sindicatos em poucos segundos, e não de asfixia por fumo ou de queimaduras pelo fogo… Ainda antes de as salas terem ficado cheias de fumo e monóxido de carbono, eu reparei que as pessoas vinham às janelas do edifício para tentar respirar. Eu não consigo explicar porque tinham eles tanta dificuldade em respirar, mas que isso não era de certeza fumo provocado pelo incêndio – disso tenho a certeza a 100%”.

As palavras do bombeiro são corroboradas por relatos de testemunhas oculares nas redes sociais de que na Casa dos Sindicatos teria sido pulverizado um gás tóxico e que teria sido ele que matou as pessoas.

Também não resiste a críticas a versão de Kiev que o motivo das desordens em Odessa que terminaram em tragédia teria sido, alegadamente, o ataque de “separatistas pró-russos”, armados com bastões de basebol e armas de fogo, contra os participantes pacíficos de um comício da população de Odessa em apoio da unidade territorial da Ucrânia. Nas fotografias publicadas anteriormente vê-se perfeitamente como esses alegados “separatistas pró-russos” atiram pedras e coquetéis Molotov de trás das filas dos policiais, os quais não fazem qualquer tentativa para intervir.

Agora esse estranho comportamento dos agentes da autoridade foi explicado pelas revelações do ex-chefe da polícia de Odessa, Dmitri Fuchedzhi, o qual foi despedido devido ao “mau trabalho” da polícia. Para se livrar das acusações, ele explicou ao Gabinete Nacional de Investigação da Ucrânia (nacburo.org) que as desordens foram organizadas pelo deputado do partido Batkivschina (Pátria) Alexander Dubov, que viajou para Odessa cumprindo indicações da líder do partido Yulia Tymoshenko.

Aliás, as fotografias, nas quais o senhor Fuchedzhi é mostrado ao lado dos militantes disfarçados de “separatistas pró-russos”, fazem suspeitar que ele próprio não terá desempenhado um papel nada passivo nessa provocação.

Voz da Rússia

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