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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Vizinhos da Ucrânia preparam-se para dividir seu território

Enquanto o governo e a oposição estão querelando nas ruas de Kiev, os vizinhos da Ucrânia estão se preparando para uma nova divisão territorial e já conseguiram brigar entre si neste processo cativante.

No momento, podem ser destacadas três forças que, em certa medida, estão preparando planos para revisar as fronteiras com a Ucrânia. A força mais significativa é a aliança improvisada dos membros do Grupo de Visegrád – Polônia, Hungria e Eslováquia. A situação na Ucrânia coloca os líderes desses países numa posição incômoda. Por um lado, eles têm que apoiar um golpe de Estado, mas por outro, há o risco de graves problemas políticos internos causados pelo fato de que a força de ataque desse golpe de estado ucraniano são neonazistas-xenófobos.

Hungria e Romênia teriam começado a dividir Ucrânia ocidental?

Os eleitores patrióticos na Polônia, Hungria e Eslováquia não vão entender por que razão os líderes de seus países apoiam forças políticas que abertamente odeiam e oprimem poloneses, húngaros e eslovacos que vivem na Ucrânia. Neste contexto, a reunião de diplomatas destes países e a tentativa de criar uma estratégia comum de intervenção no caso de a situação na Ucrânia ficar descontrolada, é um passo natural.

O establishment romeno também tem uma posição bastante agressiva. Na imprensa romena há uma verdadeira histeria em torno da “oportunidade histórica de a Romênia recuperar a Bucovina do Norte e a Bessarábia do Sul”. Analistas sugerem ao presidente Basescu voar para Kiev e propor à oposição ucraniana um “acordo” que consistisse no “total apoio do caminho pró-europeu da Ucrânia” em troca de concessões territoriais. Não é difícil de adivinhar o que se esconde sob o eufemismo de “apoio total”, porque todas as medidas diplomáticas possíveis para apoiar o golpe de Estado na Ucrânia já foram tomadas.

Aproveitando a crise na Ucrânia, Bucareste pode intensificar as tentativas de anschluss da Moldávia, o que foi indiretamente confirmado pelo embaixador da Romênia em Chisinau, Marius Lazurca. Ele disse que a Romênia pode fazer a Chisinau uma “oferta política” no caso de “ameaça ao caminho pró-europeu da Moldávia”. No contexto da política de anexação da Moldávia, que foi declarada pelo presidente romeno Traian Basescu, é fácil de adivinhar em que consistirá essa “oferta”.

A situação atual causa também preocupação em Sofia. A organização Búlgaros da Ucrânia, que representa os interesses da minoria búlgara, já respondeu aos planos dos revisionistas romenos: “Rejeitamos todas as reivindicações territoriais por parte da Romênia e exigimos a preservação do status quo territorial.”

A crise ucraniana pode facilmente tornar-se uma crise de escala regional. Ela tem um grande potencial para se tornar num conflito multilateral com o uso da força. A cada dia, a instabilidade em Kiev aumenta as chances de os territórios da Ucrânia se tornarem presas de seus vizinhos.

Voz da Rússia

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