A primeiro a fechar foi Lavabit, uma empresa que o próprio Snowden tinha usado sua conta para convocar ativistas de direitos humanos a se encontraram com ele no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou, em 12 de julho.
"Eu tive que fazer uma escolha: ou ser cúmplice de crimes contra o povo americano ou abandonar dez anos de trabalho", disse a seus clientes o proprietário da Lavabit, Ladar Levison, em uma carta aberta publicada no site da empresa . "Depois de pensar muito, decidi fechar a página. Gostaria de explicar legalmente os acontecimentos que me obrigaram a tomar esta decisão, mas eu não posso. Acredite que vocês merecem saber o que acontece – presume-se que a Primeira Emenda me garante de falar nestas situações – mas o Congresso dos EUA aprovou leis que dizem o contrário".
Após afirmar que levará ao tribunal o fechamento de sua empresa e pedir doações para a batalha legal, Levison concluiu:
"Toda essa experiência me ensinou uma coisa: até que não haja legislação forte ou decisão judicial substancial, recomendo imperativamente não confiar dados pessoais a empresas ligadas aos Estados Unidos".
Horas mais tarde, foi a vez da Silent Circle, uma empresa que, além de e-mail, oferece serviços de voz e vídeo através da Internet criptografados.
"O fechamento da Lavabit nos fez abrir os olhos", disse Jon Callas, um dos proprietários em uma carta aberta postada no blog da empresa. "Nós não recebemos ordens judiciais ou instruções de nenhum governo, e é por isso que estamos fechando agora. É melhor prevenir que arrependido . Os serviços de voz e vídeo permanecerão abertos, mas o serviço de mensagens criptografadas era uma boa ideia na época, e esse momento passou".
Agência O Globo
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