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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Rússia irá enviar robôs para a Lua

Lua, Roscosmos, robos
A Rússia irá enviar robôs para a Lua. Está planejado que até 2017 o satélite da Terra receba logo três aparelhos interplanetários automáticos. Esse projeto irá marcar o arranque de um grandioso programa lunar.

A primeira a ir à Lua será a sonda de pouso Luna-Glob 1. O seu lançamento está previsto para 2015 a partir do novo cosmódromo Vostochny cuja construção está em curso no distrito de Amur. O módulo de pouso (lander) irá estudar a superfície da Lua. Ele irá transportar aparelhagem para a procura de água assim como um manipulador para o estudo de amostras do solo.

Em 2016, se planeja lançar o módulo orbital Luna-Glob 2. A sua tarefa será o estudo do espaço orbital, assim como a escolha de espaços adequados para o pouso de outros aparelhos.

Em 2017, a superfície lunar irá receber o aparelho de pouso pesado Luna-Resurs que está a ser desenvolvido em conjunto com a Agência Espacial Indiana e que irá transportar o jipe-robô indiano.

Os planos anteriores previam que o primeiro fosse precisamente o Luna-Resurs com o seu lançamento planejado para 2013. Mas depois da perda da estação automática Phobos-Grunt, o cronograma das missões lunares russas foi revisto. Foi decidido não ter pressas. O professor Vladislav Shevchenko, chefe do departamento de estudos lunares e planetários do Instituto Astronômico Estatal, considera que é muito mais importante não permitir a repetição dos acidentes:

“Realmente, é uma pena que tudo tenha sido adiado, mas, por outro lado, todos os inconvenientes que ocorreram com a Phobos-Grunt tinham haver com a parte técnica, não estavam relacionados com os nossos programas científicos. Se a tecnologia for aperfeiçoada, só poderemos ficar contentes. Nesse caso também iremos obter mais resultados.”

Os especialistas russos já escolheram os pontos para o pouso da sonda lunar russa. Eles são seis no total: três junto ao polo norte da Lua e mais três junto ao polo sul. Na opinião dos cientistas, é precisamente aí que há maiores hipóteses de descobrir água e gelo, o que é um dos objetivos principais do programa. Na opinião do acadêmico Alexander Jelezniakov, da Academia Russa de Cosmonáutica Tsiolkovski, o estudo da Lua irá abrir o caminho para outros planetas e, nomeadamente, para Marte:

“Em primeiro lugar, a Lua é um campo de experiências único para aperfeiçoar a tecnologia espacial, tanto a existente como a que irá ser produzida. Em segundo lugar, a Lua poderá vir a ser uma base preciosa para a investigação científica, especialmente para o estudo do espaço longínquo. Por exemplo, a instalação na sua superfície de equipamento e observatório astronômicos irá permitir observar de uma forma nova os processos que ocorrem no Universo e perceber de que forma é que o Universo surgiu.

E em terceiro lugar, não é nenhum segredo o fato de que um dia os recursos da Terra se irão esgotar. Por isso a humanidade deve começar já a pensar onde ir buscar os recursos minerais necessários à sua atividade e ao seu posterior desenvolvimento. Eu penso que a Lua poderá vir a ser uma base de mineração muito valiosa. Esses três fatores são argumentos a favor de se começar pela Lua. Mais tarde se poderá olhar para Marte e para os outros planetas.”

Na opinião dos cientistas, até 2030-2040 irá começar a exploração da Lua em larga escala. Quanto ao objetivo estratégico da atividade espacial da Rússia, este será o voo a Marte. A Roscosmos considera que um voo tripulado ao planeta vermelho será possível de executar mais perto dos meados do século XXI.

Voz da Rússia

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