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sábado, 12 de janeiro de 2013

Morte de líder rebelde pode abrir guerra na oposição síria

Rebeldes enfrentam falta de unidade na luta que já dura quase dois anos para derrubar o presidente sírio Bashar al-Assad.

A morte de um importante comandante rebelde na Síria pode indicar o começo de uma guerra entre grupo armados, complicando a luta para derrubar o presidente Bashar al-Assad, disseram fontes ouvidas pela Reuters.

Thaer al Waqqas, comandante regional das Brigadas Al Farouq, um dos maiores grupos rebeldes sírios, foi morto a tiros na manhã de quarta-feira na localidade de Sermin, cidade do norte controlada pelos rebeldes, a poucos quilômetros da fronteira com a Turquia, segundo fontes rebeldes.

Al Waqqas, de acordo com essas fontes, era suspeito de envolvimento com a morte, há quatro meses, de Firas al Absi, principal líder da Frente Al Nusra, grupo jihadista ligado à Al Qaeda e qualificado em dezembro por Washington como organização terrorista.

Além de crônicos problemas de abastecimento e da escassez de dinheiro e armas pesadas, os rebeldes sírios sofrem com a falta de unidade, após quase dois anos de mobilização para tentar derrubar o regime de Assad.

"Os assassinos chegaram em um carro branco, desembarcaram e crivaram Waqqas de balas quando ele estava em um depósito de distribuição de alimentos", disse um dos rebeldes.

As suspeitas imediatamente recaíram sobre a Frente Al Nusra.

"O irmão de Absi é um comandante (na cidade) de Homs. Ele prometeu vingança por Firas, e parece que ele cumpriu sua promessa", disse o rebelde. "A Farouq está em um período de luto agora, mas parece questão de tempo até que os confrontos com a Nusra comecem em Bab al Hawa", acrescentou ele, referindo-se à passagem fronteiriça onde Absi morreu.

Já havia tensão entre grupos como o Nusra, composto principalmente por civis e apoiado por jihadistas estrangeiros, e grupos de oposição como o Farouq, que incorpora mais desertores do Exército e das forças de segurança oficiais, e que alguns consideram mais propenso a infiltrações por agentes de Assad.

Um novo comando rebelde formado em dezembro na cidade turca de Antalya, com apoio do Ocidente, da Turquia e da países árabes, parece ter tido pouco sucesso em acabar com as divisões entre centenas de grupos rebeldes, especialmente nas regiões que já não estão mais sob controle de Assad, nas províncias nortistas de Idlib e Aleppo.

Os grupos Nusra, Farouq e Ahrar al Sham –três principais organizações rebeldes no norte– ficaram de fora do novo comando.

O Departamento de Estado dos EUA diz que o Nusra está usando a luta síria para os "propósitos malignos" da Al Qaeda, e que não deve poder participar em uma eventual transição política síria.

Um funcionário das Brigadas al Farouq disse que a morte de Absi é misteriosa, mas admitiu que ela complicou as relações com o Nusra. No entanto, ele não culpou o Nusra pelo assassinato de Waqqas.

"O regime está por trás do assassinato de Waqqas. Não temos nenhuma política de atacar o Al Nusra, e cooperamos militarmente com eles em algumas regiões", afirmou a fonte.

Naval Brasil

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