Jim O’Neill (Goldman Sachs): “Só os BRICS emergentes estão crescendo” - Noticia Final

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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Jim O’Neill (Goldman Sachs): “Só os BRICS emergentes estão crescendo”

Comentário entreouvido num beco da Vila Vudu: Alô, alô, D. Mirian Leitão: A senhora só sabe entrevistar economistas tucanos reacionários golpistas merrecas, de “consultorias” merrecas quebráveis?! Será o Benedito?!

A senhora NÃO SABE ENTREVISTAR economistas reacionários golpistas GRANDES DEMAIS PRA QUEBRAR?!

Não que os inquebráveis sejam mais lúcidos ou progressistas que os quebráveis – porque não são! Mas, pelo menos, os inquebráveis NÃO SÃO UDENISTAS GOLPISTAS OBCECADOS, quer dizer: os inquebráveis veem adequadamente, objetivamente, pelo menos, o mundo dos mercados, né-não?!
E o que, me digam, veem aqueles sempre os mesmos professores da FGV, da Economia-USP ou os “consultores” da Consultoria Tendências, ou o ex-Malan, sub-do-sub do ex-FHC e atual NADA... Ou outros udenistas golpistas ortodoxos, feito o professor Bolívar Lamounier?! [risos, porque essa foi booooooooooooa! O que, diabos, vê(ria) o Boli?!]
Jim O'Neill - Economista reacionário, mas GRANDE DEMAIS PRA QUEBRAR

Pergunta: Como ficará a paisagem da economia em 2013? 

Economista reacionário, mas GRANDE DEMAIS PRA QUEBRAR: Agora que já se definiram as posições na liderança política de EUA e China, pode-se finalmente delinear o quadro da economia para 2013, já conhecendo quem estará no comando das duas maiores economias do mundo.

Pergunta: E o que farão – e, talvez mais importante, o que as forças econômicas farão a eles?

Economista reacionário, mas GRANDE DEMAIS PRA QUEBRAR: Para começar, os EUA continuarão a enfrentar repetidas dificuldades com o ‘'despenhadeiro fiscal'’, até que os mercados financeiros pressionem os políticos e obtenham cortes significativos nos gastos e redução radical no déficit. Mas, apesar disso, e associado a crescimentos frustrantes, 2013 será ano mais forte para a economia global do que muitos esperam.

Em 2011, a China acrescentou ao mundo $1,3 trilhões de Produto Interno Bruto (PIB). Equivale a criar outra Grécia a cada 12,5 semanas; quase uma Espanha por ano. Juntos os quatro países BRIC, (Brasil, Rússia, Índia e China acrescentaram à economia do planeta cerca de $2,2 trilhões em 2012. Equivale a criar uma Itália por ano. (Apesar dos problemas, a Itália ainda é a oitava maior economia do mundo e assim continuará nos próximos anos, até que Rússia e Índia superem, como se prevê, a Itália).

As oito economias de mercado em crescimento – os BRIC plus Coreia do Sul, Indonésia, México e Turquia – criaram cerca de $3 trilhões em 2011, mais do que o Reino Unido em um ano. Essas economias somadas têm já tamanho bem próximo da economia dos EUA, alcançando $15-16 trilhões, cerca de 25% do PIB global. A menos que essas taxas de crescimento caiam muito, a contribuição desses países para a riqueza global crescerá dramaticamente, e o crescimento global ultrapassará as previsões sinistras que, parece, analistas ocidentais assustadiços parecem prestigiar. Se as economias desse ‘'grupo C-8'’, “Crescimento Oito” crescerem em média 10% em dólares norte-americanos, acrescentarão $1,5 trilhão ao PIB global, ano que vem.
O crescimento chinês diminuiu em 2011-2012 por decisão dos (excelentes!) economistas do Partido Comunista da China.
Para a década iniciada em 2011, nós, da Diretoria de Investimentos do Banco Goldman Sachs, estimamos que a China, responsável por metade da riqueza produzida pelo grupo C-8 (prováveis $8,3 trilhões ao final de 2012), crescerá a taxas anuais de 7-8% em termos reais, com inflação em torno de 3%. A menos que o renminbi perca valor, corresponde a crescimento nominal médio de, pelo menos, 10-11% calculados em dólares.

A China crescerá em torno de 7-8%, em parte porque é o que os dirigentes do Partido Comunista Chinês que governa a China decidiram que é o crescimento desejável. No final de 2009, já com um ano de política chinesa de estímulos, como resposta à crise global de crédito, o Partido Comunista Chinês, a liderança chinesa, me parece, decidiu que já não havia serventia alguma em fazer o país crescer 10% ao ano (crescimento real). A desigualdade de renda crescia dramaticamente, o dano ambiental crescia perigosamente, e a inflação estava comendo, em vez de os mais pobres comerem, o crescimento real.

Verdade é que o crescimento chinês foi contido em 2011-2012, por decisão do Partido Comunista Chinês: fizeram o que decidiram fazer. Embora a taxa de crescimento real do PIB definida no 12º Plano Quinquenal não deva ser tomada como fato consumado, fato é que o crescimento real previsto no Plano foi encolhido para 7%: é sinal claro de orientação decidida pelo Partido Comunista Chinês.

Com vistas ao futuro, por mais importante que seja a troca de comando na liderança política, os líderes não decidem tão livremente quanto alguns supõem. Tornam-se líderes, em boa parte, porque se comprometem a fazer cumprir o plano que encontram já construído. Líder que se desvie muito, não permanece por muito tempo na liderança – o que vimos acontecer, no caso chinês, em 2012, com o expurgo de Bo Xilai.

O crescimento-alvo da China, definido em 7%, embora exposto a grandes desafios, visa a manter o crescimento do consumo privado em torno de 8% (também implica reconhecer que as exportações e o investimento não crescerão tão fortemente quanto antes); e admite-se aumento na participação do consumo, na formação do PIB.

Mais foco em inovação e criatividade será acompanhado de forte aumento real nos salários, mais direitos e garantias para migrantes urbanos e aumento nas pensões, aposentadorias e na assistência à saúde. Se a China crescer 7-8% outra vez em 2013, terá crescimento mais equilibrado que em 2012.

Além da China, os demais BRIC – Brasil, Rússia e Índia – todos enfrentam desafios que os governantes terão de enfrentar para promover crescimento mais forte. Mas por todos os lados observam-se desenvolvimentos interessantes, inclusive na Indonésia, nas Filipinas, Bangladesh, Nigéria e México; membros do que chamo de “os Próximos 11” [orig. “Next 11”], Coreia do Sul e Turquia, continuam a crescer razoavelmente bem, embora não com o momentum dos outros; são dois outros grandes membros desse grupo.
O mais provável é que, pelo menos antes das eleições na Alemanha, no outono de 2013, todas as decisões chaves sejam descartadas ou adiadas
Os quinze países BRICs e os “Próximos 11” têm, somados, mais de quatro bilhões de habitantes, mais de 2/3 da população do planeta. Continuando a crescer, a contribuição dessas economias para a economia mundial continuará a crescer, o que empurrará o crescimento global para bem além do que alcançaria, sem o crescimento deles.

Mas a economia global pode ficar mais fraca em 2013 do que em 2012, se o pior continuar a acontecer na Europa e nos EUA, especialmente se o novo Congresso nos EUA não conseguir trabalhar com o presidente Obama reeleito, para encontrar algum arranjo para o orçamento que melhore a credibilidade de médio prazo da posição fiscal dos EUA. É equilíbrio difícil de alcançar (...).

Quanto à Europa, muitos investidores ainda assumem que chegará um momento em que se poderá concluir definitivamente que a União Monetária Europeia está ou salva ou acabada, de vez. Mas o mais provável é que, pelo menos até depois das eleições na Alemanha, no outono de 2013, as decisões chaves sejam descartadas ou adiadas.
Significa que a Europa, muito provavelmente, enfrentará mais um ano difícil.
Mas, repito, o crescimento dos BRICs continuará a gerar, em termos de riqueza, uma Itália por ano. A menos que o ambiente europeu deteriore-se muito, muito rapidamente, a Europa não será assunto importante para a economia global em 2013.

Redecastorphoto

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