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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

China: haverá terceiro teste de armas antissatélite?

Vários peritos norte-americanos em questões de armamento estratégico, com base em fontes internas dos Estados Unidos, revelam que a China está levando a cabo
preparativos para um terceiro teste do sistema de armas antissatélite.


Os dois testes anteriores foram efetuados em 11 de janeiro de 2007 e 11 de janeiro de 2010, respetivamente. Talvez a coincidência de datas se vá repetir mais uma vez. Os serviços secretos estadunidense não disseram quais os sinais de preparativos que teriam detetado. Mas a existência de um programa de elaboração de armas antissatélite na China é um fato que não deixa dúvidas.

No decorrer dos testes de 2007, os chineses conseguiram abater, a 850 quilômetros de altitude, seu próprio satélite meteorológico que chegara ao fim da vida operacional. As experiências de 2010 não visaram a destruição de qualquer alvo real, mas consistiram em colocar um míssil intercetor em um ponto calculado de órbita.

Em ambos os casos os chineses provavelmente empregaram o míssil intercetor KT-1, versão modificada do foguete de médio alcance DF, de combustível sólido. Quanto ao KT-1, que é dotado de equipamento de interceção cinética, os chineses planejam usá-lo tanto como elemento do sistema de defesa antimísseis estratégica como meio de combate contra satélites espiões do potencial inimigo, localizados em órbitas baixas.

Agora se trata de um sistema bem distinto e muito mais potente. De acordo com os dados publicados, os peritos militares norte-americanos julgam que o projeto DN-2 é destinado a destruir satélites que operam em órbitas geoestacionárias elevadas (a cerca de 20 mil quilômetros). Se a China conseguir criar um sistema similar, passará a ser o único país do mundo capaz de destruir sistemas de geo-posicionamento por satélite, incluindo o sistema GPS, em particular. Tomando em consideração que a Força Aérea, a Marinha e os numerosos tipos de armas teleguiadas dos EUA dependem em alto grau dos sinais GPS, a implementação de tal sistema poderá se tornar um instrumento eficaz de neutralização da supremacia militar dos EUA.
A Rússia, bem como os EUA, vêm realizando seus próprios programas de armas antissatélite, parte dos programas de defesa antimísseis. Assim, por exemplo, o novo sistema russo de mísseis de defesa antiaérea S-500 será capaz de atingir alvos no espaço próximo. Estão em curso trabalhos no campo de modernos sistemas a laser para criação de contramedidas aos satélites.

O sistema chinês, caso seus testes tenham sucesso, poderá dar início a uma nova etapa da corrida armamentista no espaço, o que obrigará os EUA a elaborar medidas de resposta extensivas e dispendiosas. Evidentemente, se tornará necessário elevar a fiabilidade e aumentar a capacidade de sobrevivência do sistema de posicionamento global existente. Deverão também ser desenvolvidos métodos e técnicas de detenção e neutralização dos sistemas chineses de armas antissatélite antes que sejam postos em funcionamento.

Será a segunda vez que a China dará exemplo de criação de uma arma antimísseis conceptualmente nova, capaz de mudar as regras do jogo na esfera militar. O primeiro exemplo foi o míssil balístico antinavio DF-21D.

Naval Brasil

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