Assad diz que governo não encontrou sócios para solução política na Síria
Damasco – O presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou neste domingo que seu governo não encontrou sócios para uma solução política ao conflito que atinge o país há 21 meses e disse que, se houver uma transição, ela deverá ocorrer de acordo com a Constituição, durante um discurso transmitido pela rede de televisão oficial.
"O fato de não termos encontrado um sócio não significa que não estejamos interessados em uma solução política, e sim que não encontramos um sócio", afirmou o presidente diante dos aplausos do público na Casa da Cultura e das Artes Dar al-Assad, em Damasco.
O conflito, que, segundo a ONU, já deixou mais de 60.000 mortos, não é travado entre "o poder e a oposição, mas entre a pátria e seus inimigos, o povo e seus assassinos", disse Assad, acrescentando que alguns deles querem a divisão da Síria.
O presidente sírio falou pela última vez em público no dia 3 de junho, quando se dirigiu ao Parlamento em Damasco. Em novembro, concedeu uma entrevista a uma rede de televisão russa na qual rejeitou a ideia do exílio, afirmando que viveria e morreria na Síria.
Desde então não se pronunciou sobre este conflito, que começou em março de 2011 como uma revolta popular contra o poder e que depois se transformou em guerra civil.
No entanto, em seu discurso deste domingo pediu um "diálogo nacional" quando terminarem as operações militares e pediu que todos os sírios se unam para defender a nação.
O regime de Damasco equipara os rebeldes e opositores a terroristas armados e financiados pelo exterior e denuncia uma conspiração contra a Síria.
O presidente, que chegou sob os aplausos de centenas de pessoas que gritavam "Por nossa alma e por nosso sangue, nós nos sacrificaremos por ti!", também garantiu que, se houver uma transição, ela deve ser realizada "em conformidade com os termos da Constituição", em referência a eleições.
Em raro discurso, presidente da Síria pede “ampla mobilização” contra rebeldes
Bashar al-Assad prometeu esmagar os grupos armados que lutam para derrubá-lo. Presidente sírio ainda saudou Rússia, China e Irã pelo apoio recebidoO presidente sírio Bashar al-Assad fez neste domingo sua primeira grande declaração pública em meses sobre o levante contra seu governo.
O líder convocou uma "ampla mobilização nacional" para a luta contra os rebeldes que, segundo ele, são terroristas da Al-Qaeda.
"O sofrimento no território da Síria é esmagador. Não há lugar para a alegria, enquanto a segurança e a estabilidade estão ausentes nas ruas de nosso país", disse Assad em um discurso na casa de ópera no centro de Damasco. "A nação é para todos e todos nós temos que protegê-la."
Trata-se da primeira manifestação pública de Assad desde uma entrevista à televisão russa em novembro, quando ele se comprometeu a permanecer na Síria e lutar até a morte, se necessário.
Nota da Redação do Naval Brasil
Não foi gratuito o discurso de Assad, há que se concluir que na 6a. feira, chegaram as baterias de mísseis patriot americanos na Turquia com seus 400 soldados, o que presume-se que já estão prontos os preparativos de guerra contra a Síria, com a intervenção direta dos americanos, já que os mercenários e terroristas pagos pelos EUA, não conseguiram nenhuma vitória significativa.
Pelo sim, pelo não, Assad preparou o espírito do povo sírio e sua mensagem aos inimigos da Síria foi clara: "vocês não me assustam e nem me renderei"!
Naval Brasil
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