Entrevista com o Contra-Almirante EN (RM-1) Alan Paes Leme Arthou - Noticia Final

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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Entrevista com o Contra-Almirante EN (RM-1) Alan Paes Leme Arthou

Entrevista concedida à Defesa Aérea & Naval pelo Contra-Almirante (EN-RM-1) Alan Paes Leme Arthou, gerente na Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear da Marinha, sobre o Prosub , o SBr e o SBN.

Temos a noticia de que o nosso 1º SBR chegará em partes para ser finalizado aqui no novo estaleiro. O senhor poderia confirmar?

CA Alan: O SBR é, basicamente, formado por quatro seções, numeradas de ré para vante. No caso do SBR-1, as seções 3 e 4 estão sendo fabricadas na França e serão transportadas para o Brasil unidas. A construção dessas seções, naquele país, possibilitou a transferência de tecnologia de construção na modalidade “on job training” uma vez que conta com a participação de operários, técnicos e engenheiros da MB e das empresas envolvidas na atividade de construção.

Um dos passos mais importantes será a capacitação de construir a proa com os tubos de torpedo, capacidade esta, que não adquirimos quando da construção de nossos IKL-209. Essa capacitação depende de maquinário específico para sua construção?

CA Alan: A seção 4 é justamente e seção onde estão instalados os tubos de torpedo. A MB está sendo capacitada para fabricar, no Brasil, esta seção. O maquinário específico já foi adquirido e sua previsão de instalação, na NUCLEP, é para o 1º semestre de 2013. A seção 4 do SBR-2 será fabricada no Brasil.

Neste estaleiro teremos finalmente à nossa disposição um Syncrolift para movimentação de nossos submarinos?

CA Alan: Sim. O “syncrolift” será, inicialmente, usado como plataforma de lançamento dos submarinos construídos no Estaleiro de Itaguaí.

Com a opção de não termos o sistema AIP – MESMA, o que a MB inseriu na seção deste equipamento?

CA Alan: A MB não adotará a propulsão independente de ar (AIP) nos seus submarinos convencionais. Por esta razão, não se optou pelo sistema MESMA.

O sistema de leme será o mesmo utilizado nos Scorpene vendidos para o Chile, Malásia e Índia, ou o nosso terá outra configuração?

CA Alan: O sistema de leme será o mesmo do Scorpene vendido para os países indicados.

O torpedo escolhido para operar nos nossos SBr será o Blackshark ou o F-21, escolhido para o nosso SNBR?

CA Alan: O torpedo escolhido para operar no SBR será o F-21.

A escolha do F-21, se deve a integração do KAFS ao sistema Subtics ou poderemos utilizar o MK-48 nos SBR?

CA Alan: Para o SBR, a MB optou pelo sistema de combate e armamentos franceses.

Quais sensores e decoys teremos em nosso SBR? Teremos Towed Array? O sistema CONTRALTO da DCNS está incluso?

CA Alan: No caso dos sonares, além dos similares já embarcados nos IKL-209, o SBR disporá de “flank array”. Não está previsto o sonar rebocável. O sistema antitorpédico CONTRALTO será integrado aos SBR.

Qual a cooperação entre a MB e a CNEN no que se refere ao PROSUB? Pedimos que seja citado, se possível, a área nuclear do EBN.4


CA Alan: Não há cooperação. O CNEN é um órgão licenciador. Eles verificam todo o projeto e aprovam ou mandam trocar ou justificar aquilo que discordam.

Todo o Programa significa um imenso aporte de recursos, tanto humanos, financeiros, industriais, etc. Está previsto para 2022 o encerramento da primeira fase de construções. Já existe previsão de novas encomendas, que seguiriam na intenção de termos 15 SSK e 6 SSN, e que evitariam solução de continuidade no programa?

CA Alan: Não.

Recentemente foi aprovada a criação da AMAZUL pelo Congresso Nacional. A atuação da nova empresa já pode ser sentida no PROSUB? Em que a mesma ajudará o Programa?

CA Alan: Não, ainda não se pode sentir a presença da AMAZUL, uma vez que a empresa ainda não foi criada efetivamente. A empresa AMAZUL será importante para garantir a contratação e permanência de pessoal para o desenvolvimento da propulsão nuclear. Atualmente, os engenheiros e técnicos da EMGEPRON que trabalham na área nuclear possuem remuneração incompatível com o mercado de trabalho, o que não permite atração de novos e a manutenção da mão de obra já existente.

NOTA DO EDITOR: Defesa Aérea & Naval gostaria de agradecer ao Contra-Almirante (EN-RM-1) Alan Paes Leme Arthou, por todo o suporte concedido para a realização da cobertura que realizamos sobre o PROSUB.

Defesa Aérea Naval

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