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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

União Africana condena ataque israelense contra fábrica de armas no Sudão.Ataque seria treino para uma operação no Irã?

A União Africana (UA) condenou o ataque atribuído a Israel contra a fábrica de armas de Al-Yarmook, no Sudão, que terá feito, segundo as autoridades governamentais, dois mortos, vários feridos e consideráveis danos materiais.

Cartum - A União Africana (UA) condenou o ataque atribuído a Israel contra a fábrica de armas de Al-Yarmook, no Sudão, que terá feito, segundo as autoridades governamentais, dois mortos, vários feridos e consideráveis danos materiais.

Num comunicado divulgado em Addis Abeba, na Etiópia, quinta-feira, a presidente da Comissão da UA, Nkosazana Dlamini-Zuma indica ter recebido o representante permanente do Sudão junto da UA que a informou do ataque lançado na noite de 23 de outubro corrente por presumíveis aviões de guerra israelitas contra a fábrica de armas e munições de Al-Yarmook, nos arredores da capital sudanesa, Cartum.

No comunicado, Dlamini-Zuma indica estar «profundamente preocupada pelo incidente » e manifesta a sua consternação pela "perda trágica de vidas humanas inocentes e dos seus bens".

Ela condena "com vigor este ataque contra o Sudão, um membro fundador da UA, em violação do Direito Internacional", e pede o respeito total pela soberania e pela integridade territorial da República do Sudão.

A presidente da Comissão da UA sublinha igualmente a necessidade de a comunidade internacional no seu todo tomar consciência da amplitude da tarefa e dos desafios do Sudão na sequência da independência do Sudão do Sul, entre outras questões nacionais urgentes das quais o caso Darfur.

Naval Brasil

Teria Israel atacado o Sudão como treino para uma operação no Irã?

No meio da semana, uma fábrica de armas foi bombardeada ou detonada, perto de Cartum, capital do Sudão. As autoridades desse país suspeitaram imediatamente de Israel, cujo governo, por sua vez, negou qualquer envolvimento na destruição da fábrica.

A mídia mundial tem sugerido que Israel teria sido perfeitamente capaz de levar a cabo tal operação com o objetivo de simular um ataque a alvos militares no Irã. Mas Jerusalém ainda não recebeu a aprovação de Washington para a guerra.

Os especialistas e jornalistas tiveram a ideia de um possível ensaio israelense para um ataque ao Irã depois de uma comparação geográfica básica. A distância entre a base da Força Aérea no sul de Israel e Cartum, no Sudão, é aproximadamente igual à distância entre as instalações secretas iranianas em Natanz e Fordo - 1800 km. Na verdade, se considerarmos a possibilidade do bombardeio israelense em Cartum, temos que nos lembrar que esta fábrica estava produzindo mísseis de curto e médio alcance. Se acredita que os principais compradores dessa produção são os grupos terroristas Hamas e Hezbollah, que regularmente lançam ataques contra Israel. Isso é mais uma razão para Israel destruir a fábrica. O ministro da Informação sudanês, Ahmed Osman Bilal, disse na televisão nacional que o ataque foi realizado por quatro aeronaves militares, o que também é confirmado por moradores locais. No entanto, só duas pessoas morreram, o que é pouco para um ataque aéreo.

Não seria a primeira vez que a Força Aérea de Israel destrói alvos no Sudão. Em outubro, um avião não-tripulado da Força Aérea de Israel já havia bombardeado comboios que transportavam armas. Em dezembro de 2011, houve dois ataques a colunas palestinas. Em 2009, pilotos israelenses destruíram um comboio inteiro com armas, composto por 23 veículos. Assim, o exército israelense tem muito a fazer no Sudão.

Especialistas também duvidam de que Israel tenha escolhido este país norte-africano como alvo de treinamento. Em entrevista à Voz da Rússia, o presidente do Conselho Público do Ministério da Defesa da Federação Russa e editor-chefe da revista Natsionalnaia Oborona (Defesa Nacional), Igor Korotchenko:

"Eu não acho que tenha sido um ensaio de ataque contra o Irã, porque as condições geográficas de ataque contra o Sudão pela Força Aérea israelense ainda diferem do que temos no Irã."

Voz da Rússia

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