Cidadãos turcos escapam de bomba lançada do território sírio na cidade fronteiriça de Sanliurfa; cinco turcos morreram
Novo ataque disparado do território sírio é noticiado e Ancara responde com mais um bombardeio
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta sexta-feira (05/10) que o seu país pode estar próximo de entrar em conflito contra a Síria e elevou ainda mais a tensão na região. O discurso foi mais uma resposta do governo de Ancara ao ataque disparado do território sírio que matou cinco civis na fronteira dos dois países nesta quarta-feira (03/10).
Em discurso público para milhares de pessoas em Istambul, o premiê disse que o governo de Bashar al Assad estaria cometendo um erro de provocar a guerra contra a Turquia. “Àqueles que tentam testar a dissuasão, a determinação e a capacidade da Turquia, eu lhes digo que eles estão cometendo um erro fatal", afirmou.
“Nós não estamos interessados em guerra, mas não estamos longe dela também”, disse ele segundo a agência Reuters.
De acordo com a Agência Efe, mais um projétil lançado da Síria atingiu o território turco nesta sexta (05/10) sem causas vítimas. A Turquia respondeu com um bombardeio na região fronteiriça do lado sírio.
O pronunciamento de Erdogan vem apenas um dia depois do Parlamento do país ter autorizado o envio de tropas militares para países estrangeiros pelo período de até um ano e das Forças Armadas da Turquia terem bombardeado alvos na Síria.
O ataque turco no território sírio matou dezenas de soldados de Assad, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos - grupo ligado às forças da oposição baseado em Londres.
Apesar da crescente tensão entre os dois países, um importante conselheiro do premiê turco afirmou nesta quinta-feira (04/10) que a Turquia não entrará em guerra contra a Síria. “A Turquia não tem nenhum interesse em entrar em guerra contra a Síria. Mas, a Turquia é capaz de proteger suas fronteiras e vai retaliar quando necessário”, disse Ibrahim Kalin segundo a Al Jazeera.
Por conta da resposta turca, as Forças Armadas da Síria ordenaram nesta sexta (05/10) que suas tropas permanecessem pelo menos 10 quilômetros de distância da fronteira turca, informou o jornal britânico Guardian citando fontes anônimas. A região fronteiriça entre os países é palco de confrontos entre forças da oposição e do regime e o projétil que caiu em solo turco pode ter sido do confronto.
Nações Unidas
O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou o ataque sírio na cidade fronteiriça turca em reunião na noite de quinta-feira (04/10). Até a Rússia, principal aliado do presidente Assad que vetou todas as resoluções propostas sobre o conflito sírio, concordou com a resolução do grupo, mas acrescentou pedido para a Turquia agir também com cautela.
O texto final pediu para “o governo sírio respeitar completamente a soberania e integridade territorial de seus vizinhos” e pediu o fim imediato das violações da lei internacional e que essas não se repetissem. “Os membros do Conselho de Segurança ressaltaram que este incidente destaca o grave impacto da crise na Síria sob a segurança e paz de seus vizinhos”, diz o texto citado pela Reuters.
O governo russo também interveio nesta quinta-feira (04/10) na tensão entre os países, pedindo para Ancara reconhecer que o ataque sírio foi um acidente. “Nós conversamos com as autoridades de Damasco que nos asseguraram que o que aconteceu na fronteira com a Turquia foi um acidente trágico, e que não acontecerá novamente”, disse o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.
Lavrov pediu para que as autoridades sírias reconhecessem publicamente o incidente e pedissem desculpas a Ancara e seu apelo parece ter funcionado. “A Síria admitiu o que fez e pediu desculpas”, disse nesta quinta (04/10) o vice-premiê turco, Besir Atalay citado pelo Hurriyet.
OTAN
À pedido da Turquia, embaixadores da OTAN realizaram uma reunião emergencial nesta quarta (03/10) para avaliar o caso. Apesar de repudiarem o ataque sírio na cidade fronteiriça turca e a morte de civis, o bloco militar não convocou o Artigo Cinco que obriga todos os países-membros a responderem militarmente quando um deles é agredido. Pelo contrário, o encontro foi feito sob o Artigo Quarto que assegura a integridade dos 28 membros.
A OTAN, que no ano passado atuou durante meses na Líbia, até agora tentou se manter distante do conflito sírio. “A Síria é uma situação muito, muito complexa”, disse o secretário-geral da organização, Anders Fogh Rasmussem, em entrevista ao Guardian. “Intervenções militares podem ter impactos amplos”, acrescentou ele.
Histórico
Não é a primeira vez em 18 meses de conflito na Síria que os dois países se desentendem. Em junho, a Turquia ameaçou usar a força contra o governo de Assad depois que as baterias antiaéreas do país árabe derrubaram um de seus caças-bombardeiros.
Opera Mundi
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
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Turquia volta a bombardear Síria e premiê cogita conflito
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