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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Incidente com avião sírio, Moscou exige explicações a Ancara

O Airbus A320 e seus passageiros receberam permissão para deixar a capital turca, Ancara, nesta quinta-feira (11/10), horas depois de ser interceptado por jatos turcos ao entrar no espaço aéreo do país, vindo de Moscou.

A Rússia pede explicações à Turquia quanto a um incidente ocorrido ao avião de passageiros sírio a bordo do qual se encontravam cidadãos da Rússia, constata uma declaração verbalizada na ocasião pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Alexander Lukachevitch. Moscou insiste em que sejam tomadas medidas para prevenir a repetição de tais incidentes no futuro, realça a nota.

Os caças da FA turca forçaram, quarta-feira à noite, a aterrissagem de uma aeronave síria no aeroporto de Ancara. O avião seguia de Moscou com destino a Damasco, encontrando-se a bordo de 25 a 35 passageiros, incluindo, como se apurou mais tarde, 17 cidadãos da Rússia.

A parte russa soube disso junto dos meios de comunicação eletrônicos, frisou Lukachevitch, ao criticar a parte turca de não ter informado atempadamente a Embaixada da Federação da Rússia em Ancara. Moscou manifestou-se preocupada pelo fato de ter sido posta em risco a vida e a segurança dos cidadãos russos em causa.

Em declarações prestadas à emissora Voz da Rússia, o assessor de imprensa da Embaixada russa na Turquia, Igor Mitiakov, disse que os diplomatas tiveram de se deslocar com urgência ao aeroporto, sendo acompanhados por um médico.

"Até ao momento de partida do avião que terá levantado voo do Aeroporto Internacional de Ancara Esenbo?a às 2h30 locais, não houve a possibilidade de atender pessoalmente os passageiros russos. A comunicação com eles era mantida por via telefônica."

O avião permaneceu no aeroporto por oito horas. Aos russos era proibido deixar o avião e entrar no saguão do aeroporto. De vez em quando, tinham a possibilidade de sair para a pista, mas passaram o tempo todo sem qualquer refeição. Aos insistentes pedidos, formulados por diplomatas russos no sentido de se avistarem com seus compatriotas, a parte turca respondia que o avião estava prestes a decolar, acrescentou Igor Mitiakov e adiantou mais pormenores.

"As ações empreendidas por nossos funcionários da Embaixada se enquadram em respectivos acordos e convênios consulares. Cabe à Embaixada a obrigação prioritária de garantir o exercício de direitos dos seus concidadãos que se encontram no estrangeiro."

O chefe do MRE turco, Ahmed Davutoglu, disse que a aterrissagem forçada tinha sido realizada para inspecionar a carga. É que a parte turca soubera de uma carga que não preencheria os requisitos da aviação civil, frisou.

Enquanto isso, de acordo com a mídia turca, a bordo do avião sírio foram descobertos equipamentos de comunicação, receptores de rádio e aparelhos de interferências ativas. Esta aparelhagem foi confiscada. Informa-se ainda que em contentores tenham sido encontradas algumas peças mecânicas de armas. Todavia, esta informação não foi, por enquanto, confirmada por fontes oficiais. A chefe do Consulado russo em Ancara, Elena Kara-Sal, assegurou que a carga não tinha origem russa.

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