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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Guerra Meteorológica - Será que a seca no Irã foi causada por inimigos?

A atual seca no Irã foi provocada artificialmente, anunciou o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, acrescentando que, "por meio de equipamentos especiais, os inimigos do país fazem precipitar as nuvens fora dos seus limites, privando os iranianos da chuva".

É verdade que, nos últimos anos, as secas se tornaram cada vez mais freqüentes e prolongadas. Será que por detrás do fenômeno se encontra a má fé de pessoas malévolas?

É bem conhecido o princípio de precipitação da umidade atmosférica. Uma nuvem fica sujeita à dispersão de granulas do gelo seco que se tornam pólos de condensação do vapor. Depois cai a chuva ou a neve, em função de temperatura do ar. Em 1946, nos EUA, durante a primeira experiência do gênero, começou a nevar quando o avião atirou o gelo seco.

Podem ser igualmente utilizados outros reagentes: a iodeto de prata, o propano líquido e até o pó de cimento. Para que sejam dispersos, também se usam foguetes, como nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. Todavia, seria impossível recorrer a tal metódo à escala de um país inteiro, ressalva o chefe do laboratório de climatologia do Instituto de Geografia, Andrei Chmakin.

"Uma ação dessas teria um efeito local. Em uma área determinada será possível fazer precipitar as nuvens por algum tempo. Mas não se pode privar o território iraniano de nuvens. Além disso, nem todas as nuvens se sujeitam à dispersão."

Por via da regra, a seca tem sido causada por um anticiclone forte, prossegue o perito.

"Neste caso, surge um turbilhão atmosférico com uma dimensão igual a 1.000 km em que predominam movimentações descendentes que dissolvem as nuvens por via natural, se permitir que haja precipitações em uma determinada zona. Assim foi na Rússia em 2010. Convém destacar que não há tecnologias de ação sobre os anticiclones."

A hipótese lançada por Teerã sobre as "secas impostas de fora" parece absurda tanto mais que, por causa delas, também sofrem os EUA, adianta o ecologista e o membro-correspondente da Academia Nacional de Ciências, Alexei Yablokov.

"Nos EUA, devido à seca, estão em alta os preços de alimentos. Os peritos tinham avisado disso há dois anos e também há cinco anos: a alteração do clima que se segue, teria provocado secas em umas regiões e precipitações em outras."

Em última análise, não há provas cientificas da existência de armas climáticas. Nesta categoria pode ser incluída apenas e com muitas ressalvas o iodeto de prata que os EUA empregavam durante a guerra no Vietnam, fazendo prolongar, de 30 a 45 dias, um período de monções em algumas regiões importantes em termos estratégicos.

Somente as explosões atômicas são capazes de provocar mudanças do clima em larga escala, esclarece Alexei Yablokov de seguida.

"Na seqüência de explosões nucleares se ergue a enorme massa de partículas em suspensão, se obscurece o Sol, sendo possíveis, em certos espaços, alterações do clima. Depois, mediante a modelação, se torna evidente que o clima pode ser alterado em todo um hemisfério e não em um determinado país."

Nos anos 70 do século passado, para além de intenções no sentido de causar inverno nuclear, se examinava a hipótese de provocar, através de explosão nuclear, um terremoto no território do eventual adversário. Ou de explodir uma bomba em pleno oceano para que uma ondulação potente pudesse destruir as cidades situadas na zona costeira.

Mas tais pesquisas terminaram em 1977 quando a ONU adotou a Convenção sobre a Interdição de Testes no Meio Ambiente com Fins Militares.

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