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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Golpe de Estado no Paraguai é uma ação geoestratégica dos EUA

Instrumentalizado e dirigido a partir da Embaixada dos EUA, o golpe de Estado que depôs o Presidente Lugo é parte integrante do contra-ataque imperialista contra os processos progressistas em curso, e pelo controlo e dominação do cone sul do continente americano.

Caracas, 5 jun. 2012, Tribuna Popular TP.- O Secretário-Geral do Partido Comunista Paraguaio (PCP), Najeeb Amado, no quadro da reunião dos partidos comunistas realizada na capital bolivariana por ocasião do XVIII Encontro do Forum de São Paulo, assinalou que o golpe de estado no Paraguai faz parte dos planos geoestratégicos do governo dos Estados Unidos para controlar o cone sul do continente.

«A posição do nosso partido decorre da leitura que temos do panorama mundial e da situação geoestratégica do Paraguai», explicou o dirigente comunista.

Najeeb Amado recordou que os Estados Unidos têm no Paraguai uma das cinco maiores embaixadas do mundo e que este país sul-americano tem servido como «torre de vigia para o monitoramento do Cone Sul»

Amado acrescentou que o Paraguai é um dos poucos países que têm relações diplomáticas com Taiwan e que não estabeleceu relações diplomáticas com a República Popular da China, «compreendendo que neste processo de crise e decadência do modo de produção capitalista, eles (os EUA) entendem que o Paraguai devia servir ao imperialismo para o saque dos recursos naturais estratégicos, da biodiversidade, das terras férteis, enfim, um céu aberto em condições tenebrosas para o Cone sul», destacou.

O dirigente disse que com o controlo do Paraguai por parte dos Estados Unidos estes têm a possibilidade de reforçar uma das maiores pistas de aterragem do continente, na Base Militar norte-americana «Mariscal Estigarribia», como plataforma para uma intervenção militar na região.

«A partir dessa perspectiva, nós temos a leitura de que o golpe de estado parlamentar foi instrumentalizado pela Embaixada norte-americana», afirmou Amado, assinalando que existem bastantes elementos que reforçam essa afirmação.

UM GOLPE DE ESTADO DE CLASSE

O PCP define o Golpe de Estado no Paraguai como um “golpe de classe», porque nesta acção do parlamento paraguaio se configurou «uma unidade nunca antes vista de todos os partidos da direita, do capital transnacional, dos meios massivos de comunicação e da nunciatura e da Conferência Episcopal da Igreja Católica- que se deu para promover esse julgamento político em um tempo recorde», assinalou.

Para os comunistas paraguaios esta acção contra o povo por parte da direita e dos poderes fácticos internos e externos foi favorecido pela linha política que o governo de Fernando Lugo implementou nestes 4 anos.

PROCESSO DE RESISTÊNCIA COM GRANDES DIFICULDADES

O Secretário-Geral do PCP indicou que se está articulando o processo de resistência dos partidos políticos de esquerda e dos movimentos sociais através da Frente pela Defesa da Democracia, da qual formam parte, mas esta tem encontrado grandes dificuldades que terá que ultrapassar.
«Neste momento estamos vivendo no Paraguai um reagrupamento no processo de resistência, que é difícil, por problemas materiais no campo popular e pelo processo de desmobilização que se deu durante o governo de Fernando Lugo, o que constitui um alerta em relação às lutas próprias de cada um dos nossos povos», assinalou Amado.
A Frente pela Defesa da Democracia é um espaço amplo onde convergem luguistas, antiluguistas e organizações que não se demarcam pela referência de Fernando Lugo, «é um espaço a trabalhar», disse.
O PCP valoriza muito a solidariedade internacional que se está desenvolvendo no continente e no mundo «e entendemos que a fortaleza está na resistência interna e que essa solidariedade internacional se irá diluindo na medida em que nós não articulemos com maior força uma frente que faça a análise deste processo e aprenda, o mais rapidamente possível, as lições geradas por este rico processo de mudança no país, que lamentavelmente sofreu uma interrupção violenta que abre o caminho de regresso às intervenções de caráter fascista», assinalou o dirigente comunista paraguaio.

*Secretário-Geral do Partido Comunista Paraguaio (PCP)

Mais detalhes no Vídeo com a intervenção completa realizada por Najeeb Amado, Secretário-Geral do PCP no encontro de partidos comunistas organizado pelo Partido Comunista da Venezuela (PCV) no XVIII Encontro do Foro de São Paulo que se realiza em Caracas.

Diário.Info

Paraguai descarta recorrer à Corte de Haia contra suspensão do Mercosul

Após análise do custo e tempo do processo, Federico Franco desistiu da possibilidade de recorrer ao Tribunal Internacional

O presidente do Paraguai, Federico Franco, descartou que pretenda recorrer ao Tribunal Internacional de Justiça de Haia, na Holanda, para denunciar a suspensão do país do Mercosul. Além de provocar "alto custo", uma decisão sobre o tema pode levar até 15 anos, explicou ele nesta quinta-feira (09/08).

Uma análise feita pelo Ministério das Relações Exteriores do Paraguai calculou que o custo estimado do processo seria de 50 mil dólares. No parecer, a informação é que o tempo para a ação impetrada pelo governo ser analisada pela Corte Internacional levará sete anos, além do período de encaminhamento e o prazo para a conclusão.

De acordo com Franco, o ideal, em meio à dificuldade em recorrer à Corte Internacional, é agir mostrando que o Paraguai é soberano e tem uma democracia constituída. Segundo ele, será feito um esforço conjunto de todos do governo para mostrar à comunidade internacional que a ordem democrática é respeitada no país.

Paralelamente, o governo do Paraguai anunciou na quarta-feira (08/08) que pretende suspender a venda de energia excedente da Usina Hidrelétrica de Itaipu para o Brasil e a Argentina. A medida causou reações do governo brasileiro, que lembrou que há um acordo bilateral que tem de ser respeitado.

O Paraguai foi suspenso do Mercosul por decisão dos presidentes Dilma Rousseff, Cristina Kirchner (Argentina) e José Pepe Mujica (Uruguai), em 29 de junho. A medida foi uma reação ao processo de impeachment a que foi submetido o então presidente paraguaio Fernando Lugo. Para Dilma, Cristina e Mujica, não foi dado o tempo para Lugo se defender, rompendo com a ordem democrática. A suspensão é válida até abril de 2013.

Opera Mundi

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