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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Ágata 5 - Operação vai durar 10 anos, diz Ministro. Sisfron vai aumentar possibilidade de fiscalização na fronteira brasileira.Militares apreendem 11,7 toneladas de explosivos

Acompanhado pelo General Enzo Martins Peri, o Ministro da Defesa, Celso Amorin, visitou as instalações e falou rapidamente com a imprensa em sua visita a Ponta Porã. Foto: Eder Rubens/O Progresso

O Ministro da Defesa, Celso Amorim, disse ontem que a Operação Ágata possui um planejamento de longo prazo, no período de dez anos para sua execução na fronteira do Brasil. O ministro esteve ontem em Ponta Porã, para vistoriar a operação Ágata 5 e falou rapidamente com a imprensa.

Quanto aos custos feitos na Operação, Celso Amorim limitou-se a informar que no período de 01 ano de atuação no Ministério de Defesa, foram feitos diversos investimentos na aquisição de equipamentos. Amorim disse ainda que a Operação Ágata vem alcançando os seus objetivos, reprimindo os contraventores e obtendo êxitos na execução de demais operações como a Sentinela e outras que permitem uma maior segurança nas áreas de fronteira.

Ele destacou ainda outros pontos fortes da operação Ágata 5, como as ações cívicas sociais, com serviços de saúde e atividades sócio-culturais. “Esta é a quinta edição da Operação ágata e temos obtidos resultados satisfatórios para inibir e coibir os contraventores”.

O ministro chegou a Ponta Porã ás 15h15 no Aeroporto Internacional. Das 18h ás 20h30 fez uma palestra tratando da Operação Ágata 5 para militares, órgãos de segurança e representantes de variados segmentos da sociedade. Na coletiva com a imprensa Celso Amorim respondeu poucas perguntas.

A Operação foi desencadeada na última segunda-feira em toda a faixa de fronteira do Brasil, abrangendo cerca de 3.900 quilômetros de extensão. De acordo com o comando do Exército, a Operação Ágata tem por objetivo reduzir a incidência dos crimes transfronteiriços e ambientais e as ações do crime organizado, além de intensificar a presença do Estado brasileiro na faixa de fronteira e incrementar o apoio à população local.

Ao todo, a operação integra 10 mil militares e civis, além de diversas viaturas, embarcações, helicópteros e aviões. O suporte de veículos é aplicado no patrulhamento e inspeção naval na calha dos rios; bloqueio e controle de estradas e vias urbanas; patrulhamento terrestre ostensivo juntamente com órgãos de segurança pública; reconhecimento especializado de fronteira; revista de pessoas, embarcações, aeronaves e instalações; fiscalização de produtos controlados; operação de busca e apreensão; reconhecimento e transporte aéreo, bem como interceptação de aeronaves suspeitas.

A Agata 5 reúne as Forças Armadas, órgãos de Segurança Pública e outras agências governamentais, tais como Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Ibama, a Receita Federal, a Funai, a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Iagro.
Dentre as autoridades que estavam presentes destacam-se o Almirante-de-Esquadra Júlio Soares de Moura Neto, Comandante da Marinha do Brasil, o General-de-Exército Enzo Martins Peri, Comandante do Exército Brasileiro, além do General-de-Exército José Carlos de Nardi, Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

Ágata 5 - Sisfron vai aumentar possibilidade de fiscalização na fronteira brasileira

O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), projeto que vem sendo desenvolvido pelo Ministério da Defesa, vai permitir ao país maior controle dos 16.880 km de fronteira de 11 estados brasileiros com 10 países sul-americanos.

O projeto piloto foi conhecido na última quarta-feira (08), pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, que esteve na área onde ocorre a Operação Ágata 5, bem na fronteira com o Paraguai.

“Essa é a segunda operação aqui na região. A diferença nessa edição é que incluímos o município de Corumbá e, deste modo, marcamos a presença forte do Estado brasileiro. Sabemos que, quando iniciamos uma operação na fronteira, a criminalidade começa a se reduzir”, avaliou o ministro Amorim.

Coube ao comandante Militar do Oeste (CMO), general João Francisco Ferreira, relatar ao ministro Amorim o desenvolvimento do projeto Sisfron. Segundo o militar, a escolha da região para estabelecer o protótipo do sistema se deve ao fato de ser a região fronteiriça a mais sensível em relação à criminalidade. “Esse projeto, no Mato Grosso do Sul, vai trazer benefício significativo para a atuação das Forças Armadas nessa área”, contou o general Ferreira.

O ministro Celso Amorim se deslocou a Ponta Porã junto com os comandantes da Marinha, Julio Moura Neto, e do Exército, general Enzo Martins Peri, além do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, para receber o relato das primeiras ações da Operação Ágata 5, que mobiliza cerca de 17 mil militares e civis, 25 agências reguladoras e organismos federais, estaduais e municipais e oito ministérios.

Balanço da Ágata 5

No auditório do 11º Regimento de Cavalaria Mecanizado, o ministro Amorim recebeu os relatos das ações iniciadas na última segunda-feira. Estabelecido a partir do decreto da presidenta Dilma Rousseff, de 8 de junho de 2011, a Ágata tem por finalidade o patrulhamento das fronteiras do Brasil com os países sul-americanos. Organizada pelo Ministério da Defesa, coordenada pelo EMCFA e executada pelas Forças Armadas, a operação conta com apoio interagências, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional do Petróleo (ANP), além das Polícias Federal, Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança.

A principal ação registrada até o momento foi a apreensão de explosivos nos estados do Rio Grande do Sul e Mato Grosso. De acordo com o general Ferreira, apenas na fazenda Santa Maria, no município de Itiquira, os militares encontraram um caminhão com 3,8 kg de dinamite, 7.725 kg de nitrato de amônia, 8.900 m de cordel para detonar explosivos.

“Estamos agora apurando para saber a situação dessa carga. Temos conhecimento de tratar-se de material irregular. Agora, buscamos o destino que dariam a esse explosivo”, relatou o general Ferreira.

A preocupação das autoridades brasileiras é com o crescente assalto a caixas eletrônicos no interior gaúcho. Em 2012, foram 12 ocorrências de explosões dos caixas com uso de dinamite. Os militares estão investigando se o carregamento de Itiquira seria repassado para quadrilhas que assaltam os caixas.

Após as apresentações, o ministro Amorim seguiu para o pátio do Regimento onde conheceu os equipamentos a serem utilizados no Sisfron. São rádios de comunicação e também 26 veículos Marruá de fabricação nacional que vão ficar à disposição das unidades nessa região do país.

Corumbá e Ladário

Nesta quinta-feira, o almirante Moura Neto e os generais Enzo e De Nardi continuaram com a programação de visita à região onde ocorre a Ágata 5. Logo cedo, a comitiva seguiu viagem para os municípios Corumbá e Ladário. No 6º Distrito Naval, os militares conheceram o navio patrulha Monitor Parnaíba.

A Marinha do Brasil participa da operação com o emprego de cerca de 30 embarcações numa área que vai do Chuí (RS) a Corumbá. Além das ações militares são realizadas também as chamadas Aciso com objetivo de atendimento médico e odontológico à população carente.

Ágata 5 - Militares apreendem 11,7 toneladas de explosivos

As tropas militares brasileiras enviadas para as fronteiras do país com a Bolívia, o Paraguai, a Argentina e o Uruguai, na chamada Operação Ágata 5, apreenderam, desde segunda-feira, mais de 11,7 toneladas de explosivos. Foram apreendidos também 300 quilos de maconha e seis armas.

A maior carga de explosivos foi apreendida em Itiquira (MT), dentro de um caminhão. O veículo transportava, sem autorização, 11,6 toneladas do produto para pedreiras da região.

As apreensões incluíram 150 quilos de dinamite apreendidos nas cidades de Ametista do Sul e Frederico Westphalen, ambas no Rio Grande do Sul. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira pelo Ministério da Defesa. A Operação Ágata 5 abrange uma área de 3,9 mil quilômetros de fronteiras.

Cerca de 17 mil militares participam da operação, que se estende pelos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de Mato Grosso do Sul, o que representa um aumento de 70% do contingente que normalmente atua nessas regiões.

O balanço das primeiras 48 horas da operação também inclui a realização de quase nove mil inspeções, vistorias e revistas. Um avião foi interceptado pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro e 40 embarcações, inspecionadas.

Participam da operação, além da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, órgãos como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, agências reguladoras, forças estaduais e municipais de segurança. O principal objetivo é combater o tráfico de entorpecentes e de armas, o contrabando e carros roubados, entre outros crimes. A operação leva ainda serviços médicos e odontológicos a cidades carentes na região de fronteira.

Nas quatro edições anteriores da Operação Ágata, foram apreendidas mais de 2,3 toneladas de drogas, 302 embarcações irregulares e 59 armas. As Forças Armadas também dinamitaram, ao longo dessas edições, quatro pistas de pouso clandestinas e fecharam oito garimpos e cinco madeireiras ilegais. (O Dia Online)

Defesa Net


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