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sábado, 11 de agosto de 2012

A Casa Israelense do Terror

Embora a imprensa global ocidental rara vez o menciona, o terrorismo nasce na raíz da criação e posterior sobrevivência de Israel. São esses mesmos meios globais os que vêm martelando profundamente no imaginário coletivo mundial a ideia de que “Terrorismo = Islã”.

Se trate do 11 de setembro 2001 ou dos ataques suicidas em Londres e Madrid, ou de assassinatos políticos em todo Oriente Médio e outras regiões, ou da explosão de uma bomba num ônibus repleto de turistas na Bulgária, para a imprensa global se impõe sempre a conclusão de que “a culpa está nos fundamentalistas islâmicos”.

De forma que quando vemos o candidato presidencial estadunidense Mitt Romney participar em Israel numa reunião de alto perfil público para reunir fundos para sua campanha no Hotel Rei David – verdadeiro símbolo do terrorismo sionista-, não se pode deixar de se maravillar perante o permanente duplo discurso que mantêm andando a “relação especial” entre Estados Unidos e Israel.

Embora a maioria das pessoas o ignore, o ataque terrorista mais virulento perpetrado pela guerrilha sionista ocorreu em julho de 1946 e seu alvo foi, precisamente, este mesmo luxuoso hotel de Jerusalém, que até então era sede do governo britânico para Palestina.

Se entende então que este seja um tema sensível para os britânicos. Num artigo titulado ‘Lembrem do Hotel Rei David’ publicado há alguns anos no matutino londinense ‘The Guardian’ com motivo do 60º aniversário daquele ataque terrorista com bombas que deixou 92 mortos, o jornalista George Galoway lembrava a seus leitores que este ataque terrorista sionista foi perpetrado pelo grupo guerrilheiro chamado Irgun Zvai Leumi cujo líder era um tal Menachem Beguin.

‘The Guardian’ acrescentava como anos depois, já como líder do partido ultradireitista Likud, Beguin “acabou sendo duas vezes primeiro ministro israelense; em 1982 durante seu segundo mandato ordenou a invasão ‘limitada’ do sul do Líbano, que rapidamente se convirteu num verdadeiro assalto a todo o país ocasionando milhares de mortes.” O jornalista Galoway “lembrava tudo isto enquanto lia que Benjamín Netanyahu, primeiro ministro de Israel e preferido da CNN participava de uma celebração das ações de Irgun [ou seja a explosão do Hotel Rei David], dizendo que ‘É muito importante saber distinguir entre grupos terroristas e lutadores pela liberdade; e entre ações terroristas e ações militares legítimas…’.”.

Acrescentaca Galoway: “Em 1946 não existia Hezbolla; tampouco existia em 1948 quando se deslocou pela força a 750.000 palestinos de seus lares para dar lugar ao Estado de Israel. Tampouco existia Hezbolla em 1982; esta organização só fez sua aparição logo após os massacres dos campos de refugiados de Sabra e Shatila”.

Anos depois, em 1978 os Donos do Poder Global o honrariam ao líder terrorista Menahem Beguin, com o Prêmio Nobel da “Paz“! (pobre paz!). Acrescentemos que a metodologia e características deste ataque ao Hotel Rei David são o antecedente direto das explosões da Embaixada de Israel em 1992 e da mutual judia AMIA em 1994, prováveis ataques de “falsa bandeira” perpetrados em Buenos Aires.

Deus bendiga as bombas sionistas!

É claro, durante sua visita à Israel, o Sr. Romney jurou apoio incondicional dos Estados Unidos a Israel se ele chegar a ser eleito como próximo inquilino da Casa Branca (Hmmm, e qual é a novidade?).

Sem dúvida, Romney sabe muito bem que tais juramentos resultam absolutamente essenciais para conseguir o apoio do poderoso lobby pró-Israel nos Estados Unidos e para ter acesso a sua capacidade gigantesca de financiamento espúria de campanhas eleitorais.

Mas não estamos falando só dos lobbies judeus como o poderoso AIPAC (Comitê Estadunidense-Israelense de Assuntos Públicos) ou o Congresso Judeu Estadunidense, ou a ADL (Liga ‘antidifamação’). Também estão as muito poderosas organizações políticas e econômicas da ultradireita fundamentalista evangélica “sionista-cristã”, que em seu fanatismo religioso veem o regresso dos judeus (ou ao menos alguns deles) a Terra Santa o cumprimento de profecías bíblicas e, por com isto, da obra de “Deus”(!).

Não ria, não era o “cristão renascido” George W. Bush quém admitiu uma vez que “Deus me falou e me disse que invadisse Iraque, e assim o fiz…”?

O Hotel Rei David é apenas um de tantos episódios similares em que participaram os pais fundadores de Israel. Itzakh Shamir, outro ex-primeiro ministro do partido Likud que faleceu recentemente aos 96 anos de idade, naqueles “bons velhos tempos” conduziu outro grupo terrorista: a “Gangue Stern” segundo a apelidaram os britânicos.

Stern realizou um ataque de “luta pela liberdade” em 17 de setembro de 1948 ao assassinar na vía pública o Conde Folk Bernadotte, negociador para Palestina do Conselho de Segurança da flamante Nações Unidas, que se encontrava em Jerusalém para tratar de negociar a paz entre árabes e judeus propondo uma solução em que tanto os israelenses como os palestinos teriam ambos um Estado soberano.

Anos depois, o genocida de Sabra e Shatilha, o general Ariel Sharon também se transformaria em outro primeiro ministro israelense do partido Likud.
Latindo para a árvore errada.

Porém, à opinião pública mundial rara vez lhe foi explicada estas coisas, e o fato de que sempre houve e segue havendo um muito sofisticado e poderoso terrorismo sionista.

Hoje, esse terrorismo cresceu até se transformar num verdadeiro Terrorismo de Estado, sustentado sobre tecnologias de ponta que contam com os conhecimentos e a experiência de agências de inteligência como o Mossad Israelense, cujo lema diz tudo: “Fazer a guerra através do engano”. Inegávelmente são os máximos especialistas em apagar suas próprias pegadas.

Foi o fisiólogo russo Iván Pavlov quém uma vez programou a um cachorro para que reiteradamente associasse o som de um sino com o alimento, de forma que o animal terminava salivando cada vez que ouvia o sino, fosse alimentado ou não.

Bem, parece que as mentes modernas começam a “salivar” cada vez que ouvem o grito de “Terrorismo!”, vendo “terroristas muçulmanos” por todas partes, apesar de que são “outros” quém costuma realizar os atos de terrorismo.

Ao longo de décadas, isto vêm sendo alimentado por técnicas de guerra psicológica massiva. Por exemplo, os estereótipos étnicos promovidos pela indústria do “entretenimento” de Hollywood, que sempre representa a práticamente todo terrorista furioso e louco, como um fanático muçulmano com vestimenta árabe, barba escura e respondendo ao nome de Mohamed, Hamid ou Alí.

Fiquemos alertas: se o Sr Romney for eleito presidente dos Estados Unidos, ele – como todos os presidentes norteamericanos do último meio século – continuará a “guerra contra o terror” de seu país trabalhando muito estreitamente com o Partido Likud de Benjamin Netanyahu, cujos fundadores – homens como os senhores Beguin, Shamir e Sharon – foram eles mesmos cruéis e violentos líderes terroristas. Perdão! Quis dizer “lutadores pela liberdade…”
Está certo se eu o fizer; está errado se você o fizer.

Cruzemos agora ao lado palestino. Ali nos informamos que organizações como Hezbolla e Hamas foram qualificadas como “organizações terroristas” pelos Estados Unidos, o Reino Unido e Israel.

O mais elemental sentido comúm nos indica que as forças armadas de toda nação – se trate dos EUA, Rússia, China, Brasil ou Israel – devem estar necessáriamente subordinadas a seus respectivos Estados Nacionais. Agora bem, que se supõe que devem fazer os pobres palestinos para se defender de um cruel invasor se não lhes é permitido ter um Estado nacional soberano próprio?

Ai então é onde entram em cena Hezbolla e Hamas. É fácil desqualificar a ambos chamando-os “organizações terroristas”, mas aplicando este mesmo critério, não deveriam então as potências ocidentais renomear a uma organização como a Resistência Francesa da Segunda Guerra Mundial, por exemplo, como uma “organização terrorista” por ter recusado a aceitar a invasão militar alemã a seu país?

Em poucas palavras, ou devemos considerar a Resistência Francesa, ao Irgun e Stern, Hamas e Hezbollah, como “organizações de luta pela Liberação nacional” ou, senão, teremos que considerá-las a todas como “organizações terroristas”.

Na Argentina temos uma frase que diz assim: “não se pode ter o campo e os vinte”, o que significa que não se pode ter o melhor de dois mundos.

Por isso, ocidente deve abandonar seu duplo discurso hipócrita e deixar de insultar a inteligência dos povos do mundo, impondo uma subjetividade tão obscena, grosseira e flagrante em torno ao terrorismo mundial que eles mesmos são os criadores.

Adrian Salbuchi para RT
Adrian Salbuchi é analista político, autor, conferencista e comentarista em rádio e TV da Argentina.
www.asalbuchi.com.ar

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